Concorrência interna e ambição profissional: os temperos das novas contratações do Guarani para a segundona nacional

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O goleiro Vagner e o centroavante Caique foram apresentados oficialmente nesta segunda-feira (01) como reforços do Guarani para a Série B do Campeonato Brasileiro. A chegada destes dois atletas resolvem uma série de problemas existentes no Paulistão e de quebra produzem a perspectiva de dias melhores.

Vagner chegará para concorrer com Leandro Santos. Vem em boa hora. O goleiro bugrino tem potencial e talento, mas apresenta entraves que podem ser fatais na hora “h”. O principal deles é a dificuldade de cortar a bola longe do rebote do adversário nas bolas paradas e a afobação por vezes para segurar chutes de média e longa distância. Ágil, de boa colocação e experiência Vagner, de 27 anos, oferece um novo portifolio ao preparador de goleiros Narciso e abre espaço para obtenção de melhoria do atual titular.

Implantar uma concorrência saudável é a serventia do centroavante Caíque. Tem  características parecidas aos de Eliandro: forte, bom no jogo aéreo e proprietário de chute portentoso. Se Caíque é semelhante ao atacante titular porque então trazê-lo? Em primeiro lugar porque hoje Vadão não tem à disposição um centroavante para colocá-lo na reserva e acioná-lo nos minutos finais para ficar ao lado de Eliandro e dificultar  a sobra do time adversário, além de dificultar a saída de bola.  Sem contar a queda de produção de Eliandro e não é difícil imaginar a ausência de concorrência como motivo predominante.

Sem contar os ganhos diretos pela contratação, o Guarani ganhará dois atletas sedentos de projeção na carreira e por motivos distintos. Caíque, de 23 anos, surgiu no Londrina e tem passagens por São Caetano, Juventus, Friburguense e Taubaté. Certamente, aparecer no Guarani e na segundona nacional é a principal oportunidade da sua carreira.

Vagner, por sua vez, deve apostar no Guarani como chance de se reafirmar. Revelado pelo Paulista de Jundiai, o jogador de 27 anos destacou-se no Ituano ao ser campeão e pegar o pênalti contra o Santos. Atuou pelo Avaí e desde que passou a ser vinculado ao Palmeiras, em 2016, não conseguiu se firmar e foi emprestado ao Mirassol. O Guarani é a brecha que esperava.

Com essas duas contratações, a diretoria bugrina projeta um perfil interessante: jogadores rodados, com certa experiência e por querer um lugar ao sol estão dispostos até a superar problemas de infra-estrutura. Bola dentro do Guarani e do staff na teoria. Na prática, vamos esperar a bola falar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)