A estreia da Ponte Preta na Copa do Brasil – nesta quinta, dia 7/4, contra a Caldense, em Poços de Caldas – traz uma dúvida que não está relacionada ao desempenho do time em campo: o que é melhor para a Macaca a competição ou optar pela Sul-Americana?
Para quem a escolha parece ter pouca coerência, a explicação: ocorre que se avançar três fases e chegar até as oitavas de final da Copa do Brasil, o clube é descartado da Copa Sul-Americana. Isso por conta do regulamento da CBF, uma equipe só pode seguir na competição continental se cair na disputa nacional. O Sport, por exemplo, já se posicionou pelo torneio internacional. O Cruzeiro deve seguir os passos. E a Macaca?
A diretoria da Ponte garante que quer fazer bonito seja qual for o campeonato. Ou seja, por ora, o foco é passar pela Caldense, se possível, eliminando o jogo de Campinas.
O raciocínio dos dirigentes tem lógica: “algo como não procurar o “problema” até que o problema chegue de fato”. Quer dizer: antes de escolher, a Macaca precisa chegar até as oitavas da Copa do Brasil. De qualquer maneira, sabemos que a decisão não costuma ser fácil na Ponte. especialmente após 2013.
Apesar de não falarem abertamente sobre o assunto, é sabido, nos bastidores, que parte da diretoria não defendia o avanço da Macaca da Sul-Americana (ano em que ficou com a vice-colocação), mas acabou rebaixada no Brasileiro. Por outro lado, a Sul-Americana ganhou o coração da torcida, que não abre mão da competição.
Este ano, parece não ser muito diferente. Fala-se no embate entre os que preferem priorizar a Copa do Brasil – e garantir prestígio com os que gerenciam o futebol no Brasil – e os que optam pela Sul-Americana.
Não é, evidentemente, uma equação matemática onde 2 + 2 são quatro e ponto final. Há de se considerar investimentos (de entrada e saída) nas duas competições, nível de competitividade do time em relação aos concorrentes e visibilidade da marca/nome do clube. Ah, claro, objetivo ao entrar no torneiro.
Em qual deles a Ponte chegaria mais longe? Lanço aqui o desafio aos leitores do Só Dérbi de responderam qual preferem. Eu, particularmente, gosto do charme da Sul-Americana. E acho que faz um bem danado ao elenco disputar torneio internacional. Claro, profissional que é profissional joga até em campo de terra, com a mesma raça, mas, não podemos negar que a satisfação pode ser maior… !
(Análise de Adriana Giachini)