Passados 33 dias da aclamação do novo Conselho de Administração do Guarani, liderado por Palmeron Mendes Filho, Horley Senna continua como homem forte do departamento social e do futebol do clube.
O que era antes tratado com discrição tem se tornado incomodo internamente pela demora da transição na presidência do clube. Braço direito da última gestão, Palmeron não prosseguiu com o trâmite legal para tomar posse do clube, não atendeu às ligações da juíza Ana Claudia Torres e irritou membros da situação e oposição. A promessa era de finalizar tudo há um mês.
O estatuto do Guarani determina que as eleições ocorram sempre antes do aniversário do clube – 2 de abril. O pleito estava marcado para o dia 15 de março, quando a chapa representante da situação, Integração, enfrentaria a Transparência – chapa liderada por Juninho Paes.
Mas, a Comissão Eleitoral do clube indeferiu o pedido de inscrição dos representantes da oposição por falta de associados na base de apoio. O processo foi parar na justiça e a aclamação adiada para o dia 18 de abril, quando Palmeron concedeu entrevistas para diferentes órgãos da imprensa como novo presidente bugrino.
Mas, desde então, Horley Senna segue no poder do clube. Além de decisões administrativas, comandou boa parte das transferências realizadas visando a Série B do Campeonato Brasileiro – até mesmo as que Palmeron foi contrário. A contratação de Richarlyson foi uma demonstração clara da divisão interna.
Segundo o que apurou a reportagem do Só Dérbi, Palmeron tentou vetar a contratação de Richarlyson, mas Senna atendeu o pedido de Vadão e fechou com o jogador. Desde o período da aclamação foram 12 contratações assinadas pela antiga gestão e poucas respostas sobre o futuro político do clube.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)