O torcedor pontepretano não tem do que reclamar. A vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0 concede um alívio momentâneo e ainda reforça as caracteristicas históricas da equipe. Não falo do estilo focado em fechar os espaços do oponente e sair nos contra-ataques. Considero que os três destaques na partida representaram o cardápio por qualquer apaixonado pela camisa branca e preta. E são jogadores essenciais para a construção de uma boa campanha.
Ponte Preta é raça. Como ignorar a partida de Gabriel Risso? Não foi apenas o cruzamento feito para o gol de Jeh. Risso marcou, não deu moleza aos atacantes da Lusa e se oferecia como opção ofensiva. Um alento e tanto após tanta procura por um lateral confiável. O melhor: o argentino demonstrou fibra, dedicação e entrega, atributo que cativa os pontepretanos.
Pontepretano que também aprecia um centroavante alto. Washington, William Batoré, Chicão…Os exemplares são vários. Jeh é limitado. Disso não há dúvidas. Mas tem uma caracteristica preciosa: coragem. Não foge da disputa. Cai, tropeça, levanta, não desiste. Tal persistência é conectada com a própria torcida, reconhecida como um grupo que é resiliente.
Pontepretano aprecia o talento. Dicá e Renato Cajá são provas incontestáveis. Elvis rendeu de modo esplêndido nas bolas paradas, além de executar as viradas de jogo e controlar o confronto quando a conjuntura exigia. Conclusão: quando Elvis encontra-se inspirado a missão fica mais fácil.
A jornada do Canindé vai se repetir em outras partidas? Não há como mensurar. O futebol é imprevisivel e até sem sentido. Algo, no entanto, dá para dizer: o time de 2024 tem um potencial melhor do que da Série B de 2023, especialmente se todos atuarem em potencial máximo. Vamos aguardar os próximos capítulos.
(Elias Aredes Junior com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)