Em 1988, Campinas era protagonista na Seleção Olímpica; em 2019 virou um pálido coadjuvante. O que aconteceu?

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A vida passa e sequer percebemos as transformações. Caímos de patamar e precisamos de sabedoria para retomar o caminho correto. Na Seleção Olimpica convocada nesta quarta-feira para o Torneio de Toulon, o goleiro Ivan representa o futebol campineiro. Emerson, hoje no Real Betis e o arqueiro Lucas Perri, do Crystal Palace também surgiram nos corredores do Majestoso. Há duvidas sobre a utilização destes atletas. Vão lutar pela titularidade. Nem sempre foi assim. Você já parou para pensar que há 31 anos o futebol campineiro era protagonista?

A preparação para a Olimpiada de Seul teve o comando de Carlos Alberto Silva, campeão brasileiro pelo Guarani em 1978 e que chegou ao comando do escrete canarinho graças a influência de Pedro Antonio Chaib junto a cúpula da CBF. .

Nos jogadores de linha, era permitida a utilização de atletas que não tinham disputado Copa do Mundo. E os convocados do futebol campineiro eram de ponta. Na zaga, André Cruz faria carreira no futebol do exterior e também com a camisa do Flamengo.

O setor ofensivo tinha o atacante João Paulo, vice-campeão brasileiro em 1986 e Neto, que dois anos depois seria campeão nacional pelo Corinthians, mas que foi forjado no Guarani.

Hoje, três décadas depois, viramos a periferia do futebol. Seleção Brasileira tem o aspecto de milagre e sequer sonhamos em revelar em jogadores de ponta como Luis Fabiano e Amoroso.

O que falta para admitirmos os nossos erros e retomarmos o rumo construído a partir da década de 1970? Que as mentes sejam arejadas no Brinco de Ouro e no Majestoso.

(Elias Aredes Junior)