Em quatro temporadas, Guarani deixa de faturar uma cota de participação na divisão de elite do Brasileirão

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Reconstruir sua dignidade no futebol brasileiro é a meta do Guarani em 2017. Quer chegar a divisão de elite no Paulistão e sustentar a sua vaga na Série B do Campeonato Brasileiro.

A ambição não é desmedida se levarmos em conta o tamanho do prejuízo acumulado  nas últimas quatro temporadas, quando ficou estacionado na Série C e  na segundona regional. Resultado: o Guarani deixou de ganhar R$ 22.650.00,00.

Não fique espantado. Neste período analisado, o Alviverde deixou de faturar o que uma única equipe da Série A do Brasileirão fatura com 38 jogos. A rival Ponte Preta teve R$ 23 mihões à disposição na última temporada enquanto que Santa Cruz e Figueirense foram rebaixados com uma cota de televisão de R$ 20 milhões anuais.

Seria insensatez deixar de contabilizar o prejuízo bugrino nos quatro anos em que ficou excluído na Série B. No período de 2013 a 2015, as equipes participantes e sem a chancela do Clube dos 13 levaram em cada ano R$ 3 milhões para participarem o que totaliza R$ 9 milhões. No ano passado, a cota de participação chegou a R$ 5 milhões. Só com a ausência na segundona o prejuízo alcança R$ 14 milhões.

Após terminar na lanterna do Paulistão de 2013 e levar R$ 2,115 milhões, o Guarani passou a viver com as migalhas oferecidas na Série A-2. Nas edições de 2014 e 2015, o montante recebido não chegou a R$ 300 mil.

No ano passado, uma mudança nos critérios de avaliação da Federação Paulista fez com que ocorresse a instituição de faixas de pagamento das cotas. Por ser na ocasião participação da Série C, o Guarani ficou com R$ 1milhão para os quatro meses de disputa.

A melhoria financeira não esconde o fantasma do buraco no caixa pela ausência no Paulistão. Em 2014, quem não era do grupo dos gigantes ficou com R$ 2,6 milhões. No ano seguinte, o montante foi elevado para 2,750 milhões e na edição de 2016 do torneio estadual o dinheiro distribuído ficou em R$ 3,3 mihões. Ou seja, o Guarani deixou de ganhar R$ 8,650 milhões.

Sinal de que a cada acesso obtido, o bolso ganha um “up grade” essencial. Que os jogadores tenham consciência do quadro.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)