Conhecidos no futebol brasileiro graças às inúmeras revelações forjadas nas categorias de base nas décadas 1970, 1980 e 1990, Ponte Preta e Guarani, decidiram entregar-se a roda viva do futebol em busca da estabilidade e da competitividade. Levantamento realizado pela equipe do Site Só Derbi comprova que de 2011 a 2016, apenas em relação a disputa dos campeonatos regionais programados de janeiro a maio, bugrinos e pontepretanos efetuaram 173 contratações. Na média, a cada ano aproximadamente 28 atletas desembarcaram em Campinas e tiveram como destino ou o Estádio Moisés Lucarelli ou o Brinco de Ouro.
Para refinar o critério foram levados em consideração apenas os jogadores contratados antes do começo do Campeonato Paulista ou que chegaram com a competição em andamento.
Os investimentos não produziram resultados satisfatórios. Na atual década, o Guarani participou apenas em duas edições da divisão de elite do Paulistão, quando ficou com o vice-campeonato em 2012 e terminou como lanterna no ano seguinte. Se o vice-campeonato da Série A-2 de 2011 deve ser celebrado, as outras participações na segundona nacional não trouxeram os dividendos esperados. Em 2014, sob o comando de Márcio Fernandes, a equipe não passou de um 13º lugar com 22 pontos, cinco pontos a frente do Grêmio Barueri, o primeiro time rebaixado. No ano passado, o time foi coordenado por Marcelo Veiga e Ademir Fonseca e ficou na oitava colocação com 32 pontos.
A Macaca também não tem muito o que comemorar. Apesar de sempre disputar a divisão principal nesta década, a única vez que chegou mais próxima da final foi em 2012, quando perdeu nas semifinais para o Guarani por 3 a 1. Nos outros anos, o time empacou nas quartas de final. Em 2011 e 2014, o Santos eliminou a Macaca enquanto que o Corinthians foi o algoz nas temporadas de 2013 e 2015.
Neste período, ao levar em consideração apenas o Campeonato Paulista, os dois rivais recheados de “estrangeiros” estiveram frente a frente três vezes, com uma vitória para cada lado e um empate.
O site “Só Derbi” trará um levantamento esmiuçado das contratações. Os dados podem levar o torcedor a dois tipos de conclusão: que tempo bom era quando o futebol campineiro produzia os seus craques ou que muito dinheiro foi jogado fora.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)