Nos últimos meses torcedores e cronistas esportivos debatem sobre a qualidade da gestão de Palmeron Mendes. Criticas e defesas de lado a lado. Além dos resultados esportivos, como mensurar o desempenho em números? A reportagem do Só Dérbi recebeu um estudo do administrador de empresas e integrante da Sports Valeau Amir Somoggi sobre o desempenho das finanças bugrinas nesta década. E por enquanto existem boas e más noticas.
A principal é que o acordo com a Magnum trouxe efeitos na diminuição da divida, mas como como o montante devido na área cível e tributária não foi atacado, o efeito não foi o que se esperava.
Como exemplo basta dizer que em 2011 a divida total na administração de Leonel Martins de Oliveira era de R$ 191 milhões e teve seu auge em 2016, na administração de Horley Senna, quando alcançou o patamar de R$ 243 milhões.
Com a chegada de Palmeron Mendes Filho ao poder e o foco nos acordos trabalhistas, o montante diminuiu. Em 2017 fechou com R$ 188 milhões e no ano passado esteve em R$ 162 milhões. Na prática, a diminuição em relação ao que era devido em 2011 foi de 15%. Se levar em conta a inflação no período, que segundo o Instituto Getúlio Vargas foi de 57,13%, o valor da divida deveria ser de R$ 300 milhões.
Dados que demonstram a necessidade de resolver o mais rápido possível os outros pontos da divida, para que em curto prazo todo o esforço seja jogado no lixo.
(Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)
VEJA A EVOLUÇÃO DA DIVIDA BUGRINA NA DÉCADA (EM MILHÕES):
2011- R$ 191,3
2012- R$ 187,4
2013- R$ 225,6
2014- R$ 184,8
2015- R$ 235,2
2016- R$ 243
2017- R$ 188,1
2018 – R$ 162
Fonte: Balanços Financeiros de 2011 a 2018 e Amir Somoggi