A possível contratação de Estevam Soares como novo diretor de futebol do Guarani e a especulação em torno do nome de Wilson Gottardo para idêntico posto demonstra por A mais B uma linha de conduta do Conselho de Administração até o final da gestão.
Primeiro que não há abandono do perfil anterior representado por Fumagalli. Ou seja, alguém com passagem no clube e com conhecimento das características de cada parede do estádio Brinco de Ouro.
Estevam Soares foi jogador, auxiliar técnico e técnico no Guarani. Lógico que muita coisa mudou desde a sua última passagem no início do século, mas é claro indicativo de que alguma ligação é fator preponderante.
Escolhido o nome, algumas tarefas estão colocadas. Estevam Soares tem rede de relacionamento suficiente para efetuar contratações em tempo recorde e reformular um time que precisa, no mínimo, de 33 pontos no segundo turno? Terá jogo de cintura para ultrapassar todos os obstáculos políticos internos?
Estevam Soares terá autonomia plena de gestão? A pergunta é pertinente porque o torcedor bugrino está cansado de, ano após anos, ser invadido por informações de bastidores de que fulano, ciclano ou beltrano interferem nas contratações.
Se for confirmado, que Estevam Soares coloque a mão na massa e inverta toda e qualquer expectativa negativa. E não aceite inteferência de quem não entende de futebol, talvez o principal pecado do Guarani na atualidade.
(Elias Aredes Junior)