Fábio Moreno melhora a Ponte Preta. Ele terá continuidade? Seu trabalho terá começo, meio e fim? Ou será vítima da injustiça?

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A vitória da Ponte Preta sobre o Náutico por 2 a 0 no Majestoso trouxe uma enxurrada de elogios ao técnico Fábio Moreno. A Macaca  produziu melhor  e seu posicionamento foi mais adequado, apesar de alguns lances criados pela equipe pernambucana.

Ao observar esses elogios lembro de um único conceito: como a Macaca perde tempo ao não formar os seus próprios treinadores.

Sem enrolação: a nomeação de Fábio Moreno foi um quebra galho, um teste para verificar se algo poderia melhorar na reta final após a gestão desastrosa de Marcelo Oliveira. Agora, você já parou para pensar que Fábio Moreno poderia ser mais competente e eficiente do que já é.

Se ele trabalhasse no clube desde as categorias de base, se vivenciasse uma única metodologia de trabalho para todas as equipes e tivesse tempo para amadurecer eu não tenho dúvida: ninguém colocaria em dúvida sua capacidade. Como poucas vezes isso foi verificado na Alvinegra, com razão ele foi andar pelo mundo da bola. Volta e assume a bucha.

E em uma das únicas vezes que o processo de formação aconteceu ele foi quebrado. Leandro Zago tinha tudo para ser hoje o comandante da equipe de futebol profissional da Ponte Preta. Dedicado, estudioso, com sólidos conceitos táticos e técnicos, teve ótimos resultados nas categorias menores da Macaca, tanto no Sub-17 como no Sub-20. Um belo dia, sem explicação, foi desligado.

Zago  trabalha no Atlético Mineiro e substituiu Jorge Sampaoli enquanto o treinador recuperava-se da Covid-19. É uma realidade.

Que Fábio Moreno não tenha o destino de Zago na Macaca e receba a chance de desenvolvimento de seu trabalho. Todos vão ganhar. Inclusive a Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior- foto de Álvaro Junior-Pontepress)