Fumagalli e presidente do Guarani querem time ofensivo no Paulistão. E o risco de rebaixamento? Esqueceram?

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Marcus Vinicius Beck Lima retorna ao Guarani. Bom profissional. Assim como Fumagalli como Superintendente de Futebol. São honestos, competentes e dedicados, assim como Osmar Loss, com uma bela folha de serviços prestados no Internacional e Corinthians. Boas intenções não evitam deslizes declaratórios.

Pegue como exemplo os conceitos emitidos por Fumagalli e pelo presidente do Conselho de Adminstração, Palmeron Mendes Filho, de que desejavam um técnico ofensivo. Seria bom avisar que Loss não é essa pessoa. Típico representante da escola gaúcha, é meticuloso e estudioso na questão tática e dedica-se no fortalecimento da marcação. E ter sido treinador do setor ofensivo de Tite não quer dizer muita coisa.

O conceito de ofensividade é equivocado se levarmos em conta aquilo que estará reservado ao Guarani. Retornar  a divisão de elite regional após cinco temporadas de ausência não deveria fazer nascer arroubos de ousadia e sim de cautela. Sejamos francos: objetivo inicial do Guarani é escapar do rebaixamento. Sem cuidados defensivos e jogadores talhados para o contra-ataque o que era sonho pode virar pesadelo.

É só pegar a tabela. Os três primeiros jogos do Guarani em casa serão contra Corinthians, Oeste e Botafogo. Um integrante da divisão de elite nacional e dois concorrentes na Série B. Será que é boa ideia sair em desabalada carreira em busca da vitória? E os três confrontos longe de Campinas contra Bragantino, São Paulo e Mirassol? Não seria uma temeridade abraçar uma estratégia Kamikase?

Pois é. No futebol, a teoria é bem diferente da prática.

(análise feita por Elias Aredes Junior)