Futebol, planejamento, futuro e a repartição de poder dentro do Guarani

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Quem manda? Quem representa? Quem dá as cartas? Quem tem a coragem de colocar a cara para bater? Dúvidas como essa são legitimas quando a gente se depara com gestões de clubes de futebol. A disputa ferrenha pelo poder, a busca de espaço e influência e o relacionamento com empresários e jogadores…Tudo está inserido neste intrincado quebra cabeça.

O Guarani não foge desta constatação. Passado alguns meses da eleições algumas perguntas são pertinentes. E necessárias. Por que Ricardo Moisés sumiu do noticiário? O que justifica o apagamento de um personagem extremamente vital para a vida política e administrativa do Guarani?

Algo que fica sem nexo quando se toma conhecimento de que ele já exerce o cargo de CEO de gestão. Ou seja, tem obrigações dentro do clube. Logo deveria prestar esclarecimentos ao torcedor. Importante: se o Guarani fosse uma SAF ninguém teria nada a falar. Seria uma empresa. Ainda não é. É uma associação sem fins lucrativos. E de interesse público. Logo, todos os dirigentes deveriam prestar contas e fornecer informações ao objetivo final, o torcedor.

Ricardo Moisés também deveria adotar a atitude serena e adequada de fornecer esclarecimentos sobre processos adotados durante sua gestão.

Exemplo prático: o portal Globo Esporte.Com noticiou a situação do atacante Nicolas Careca, que estava treinando em separado porque não faz parte dos planos da Comissão Técnica. Até aí tudo bem. É a praxe de todas as agremiações. Mas como explicar que o jogador tinha quatro meses de salários atrasados. Na reportagem, o Guarani afirma que resolveria o assunto internamente. Agora, temos conhecimento de que o Guarani repassa o dinheiro ao CRB que paga o atleta. Da divida total, pagou 50%.

Mesmo assim, o atual presidente, André Marconatto e o antigo, Ricardo Moisés deveriam vir a público encaminhar as explicações.

Pegação no pé?

Implicância?

Nada disso.

O torcedor consciente e cidadão do Guarani sabe muito bem a trajetória do seu time. Sabe que por muitos e muitos anos não foi devidamente informado e esclarecido e o preço pago foram 10 rebaixamentos e queda de patamar no futebol brasileiro.

Ninguém faz qualquer acusação. Jornalistas e torcedores só querem respostas para suas dúvidas: qual o papel de Ricardo Moisés ? O que ele faz? Quais são seus planos para colaborar no crescimento do Guarani? Isso é importante. Tanto quanto uma vitória e o erguimento de uma taça.

(Elias Aredes Junior- Foto de Thomaz Marostegan)