O Guarani perdeu de virada para o Santo André por 3 a 2 em jogo realizado na noite deste sábado no estádio Brinco de Ouro e válido pela nona rodada do Campeonato Paulista. O Alviverde marcou com Lucão do Break e Giovanni Augusto de pênalti enquanto que o Ramalhão virou o placar no segundo tempo com Junior Todinho, Luiz Gustavo e Carlos Jatobá.
O que você acabou de ler foi uma abertura clássica de matéria jornalistica. Que poderia vir acompanhada da descrição dos lances dos gols ou uma declaração aqui e ali dos jogadores. Mas tudo isso fica em segundo plano diante do péssimo retrospecto bugrino dentro do Brinco de Ouro no Campeonato Paulista.
Ganhou da Ponte Preta? Sim, ótimo.
Mas dos nove jogos disputados na competição podemos citar com segurança alguns em que a equipe esteve abaixo do esperado: Ituano e Mirassol fora de casa e contra o Botafogo e Santo André em seus domínios. Ou seja, quase metade do campeonato. É muita coisa.
Os fatos produzem a pergunta: de quem é a culpa?
Podemos dividir em duas partes.
Na primeira, está o técnico Daniel Paulista. Sim, o saldo ainda é positivo. Sexto lugar na Série B, vencedor em dois dos três derbis disputados e um sujeito com a humildade necessária para admitir quando erra ou na ocasião em que abraça esquema tático equivocado.
Só que não dá para isentar treinador nenhum da face da terra quando uma equipe perde um jogo por três gols e todos de bola área. Por que os treinamentos de posicionamento não dão resultado? O que acontece? Como explicar a ineficiência do rebote ou no controle de bola? Estas são tarefas do treinador. De ninguém mais. Ele precisa resolver. Urgente. Antes que seja tarde.
Só que a segunda parte da história não pode ser esquecida. E pode ser resumida em uma pergunta:
Quem montou o time? E neste caso a resposta aparece: Michel Alves e com respaldo do presidente Ricardo Moisés. Sim porque você pode odiar os atletas, mas ninguém chegou aqui sem ser convidado. Quem escolheu e montou o time foram os dirigentes. Eles é que devem ser inquiridos.
Sem medo de errar: o elenco de 2022 é pior do que o de 2021. E a qualidade caiu por decisões equivocadas do superintendente executivo de futebol. Trocando em miúdos: contou com as renovações de Andrigo, Régis e Bidu até o ultimo segundo. Quando foi ao mercado, as opções ficaram estreitas.
Questiono: como esquecer de cobrar e questionar?
A derrota deste sábado e o desempenho no Campeonato Paulista mostraram a realidade ao Guarani: o time pode ser suficiente para ganhar da Ponte Preta, somar pontos contra os grandes diante de um clima de entusiasmo e para fugir do rebaixamento. Se for pensar em classificação, só se o regulamento ajudar.
Série B? Se não existir a disposição de reforçar o time a tendência a brigar pela parte debaixo da tabela. E estou sendo otimista.
Daniel Paulista, Michel Alves, Ricardo Moisés. Que estes personagens do Guarani coloquem a mão na massa e trabalhem. O futebol já deu seu aviso. Basta agora colocar em prática.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)