Guarani adia decisão sobre Eutrópio. Mas qual o planejamento para o futebol? O que desejam?

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A reunião que definiria o destino de Vinicius Eutropio não aconteceu. Existem divisões e duvidas sobre a conveniência de demitir ou sustentar o treinador. Tudo isso em meio a presença da equipe na zona de rebaixamento, orçamento curto para contratações e a torcida inconformada com a péssima produtividade.

Antes de definir o destino de Eutropio, penso que o Conselho de Administração do Guarani deveria encontrar-se com o departamento de futebol profissional e responder perguntas essenciais. A saber: o que o Guarani quer do seu futebol? De que maneira deve vencer os jogos? Tomar a iniciativa? Buscar o contra-ataque? Utilizar os atletas da base?

Podem ser até temas requentados, mas que não saem de modo por falta de rumo. Até o ano passado, o Guarani contava com Umberto Louzer, alguém com disposição de valorizar a posse de bola, a ofensiva e a tomada de iniciativa. Foi trocado por Osmar Loss, um estudioso adepto de times robóticos, com pouca margem para movimentação. E agora conta com Vinicius Eutropio, que tem a ofensividade como fundamento do seu trabalho. Entenderam a discrepância de estilos?

Agora pergunto: como pensar em bons resultados se a cada hora eu penso um conceito diferente?

A estrutura já não é lá grande coisa, o dinheiro é escasso e ao mudar de filosofia como troca-se de camisa, certamente são gastos extras no orçamento. Algo que ninguém quer.

Ou seja, se o Conselho de Administração e o departamento de futebol profissional não definirem o que deseja e defender os seus conceitos, o resultado de um futuro provável novo treinador será o mesmo colhido pelos anteriores: fracasso.

(Elias Aredes Junior)