Agora é possível cravar. Seis vitórias em 11 jogos e o Guarani estará na divisão de elite de 2024. Pode e deve jogar todas as duas fichas nos seis jogos no estádio Brinco de Ouro contra Tombense, Novorizontino, Vila Nova, Botafogo, Criciuma e ABC.
De todos estes oponentes, os duelos contra Novorizontino, Vila Nova e Criciúma são confrontos diretos. Podem ocorrer tropeços. Neste caso, é possível buscar pontos fora de casa contra CRB, Vitória, Mirassol, Londrina e Atlético-GO que será disputada na última rodada. Ou seja, formular uma espécie de poupança de pontos.
Só devemos prestar atenção em algo fundamental.
O patamar do Guarani mudou.
A equipe passou boa parte das 27 rodadas fora da zona de classificação. Tinha o sonho de virar protagonista. Estabeleceu alvos, venceu confrontos diretos e fez o planejamento jogo a jogo. Que no final começou a dar certo.
O Guarani é a pedra que desejava destronar os concorrentes. Agora ele é a vidraça.
Muda a perspectiva.
Os jogadores, a comissão técnica, os dirigentes e até a torcida deverão nutrir uma boa dose de paciência. Se existiam times retrancados, agora serão ainda mais ferozes. Se o Guarani sofria com o abafa no segundo tempo, esta estratégia deliberada de Umberto Louzer será colocada cada vez mais a prova.
Um elenco curto, de 32 jogadores, será exigido rodada após rodada. A parte mental será cada mais pressionada. E neste aspecto palmas para o Conselho de Administração que permitiu a contratação de André Moroni, que é o psicológo esportivo dentro do Brinco de Ouro.
Neste instante, Moroni será tão ou mais importante que um passe preciso de Régis ou um contra ataque feroz de João Victor e Bruno José. A carga psicológica será colocada na berlinda. Um vacilo e tudo irá por água abaixo.
Os detalhes não podem escapar. Tudo será decisivo. Em resumo: agora a Série B começa para o Guarani. Para valer. Que tenha sorte.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani)