A atuação do Guarani no dérbi 205 abriu espaço para discussões valiosas. São aquelas em que, mesmo se o treinador não levar em consideração, pelo menos a torcida fica mais ativa e antenada. Quero falar daqueles que foram acionados a partir do banco de reservas e que foram decisivos para a obtenção do ponto no Majestoso.
Engana-se quem imaginar Bruno Mendes como o primeiro citado. Quero falar de Isaque. Desde o seu retorno, ele vai passa por altos e baixos, mas penso que sua irregularidade vale a pena ser bancada. Loucura? Delírio? Nada disso. Sua força, velocidade e dinamismo são utéis no futebol atual e quando ele atua com Régis, dependendo do posicionamento, o camisa 78 não fica sobrecarregado. A arrancada para o cruzamento e o gol de Bruno Mendes não foram por acaso.
Não acompanhamos treinamentos e nem dá para saber qual o pensamento do técnico bugrino, mas é certo e notório que Isaque precisa ser mais utilizado e ganhar mais minutagem.
E Bruno Mendes? Ninguém aqui contesta sua utilidade. Mas acredito que Bruno Pivetti perdeu uma oportunidade de apostar em uma estratégia que pode ser acionada nos instantes de sufoco. Traduzindo: o posicionamento de Bruno Mendes e Derek na área para forçar o erros dos zagueiros.
Até porque, apesar da estatura, os dois atletas possuem mobilidade que podem proporcionar instantes de perigo e abrir espaço para chegada dos companheiros do meio campo para arremate. Detalhe: em todos os jogos em que estiveram a disposição, quando Bruno Mendes foi titular, o seu substituto foi Derek. E quando o ex-jogador da Chapecoense começou entre os titulares, foi substituido pelo camisa nove.
Está na hora de Bruno Pivetti treinar e arquitetar outras alternativas ofensivas. Vai precisar.
(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)