O Guarani perdeu do Criciúma e o trabalho do técnico Vinicius Eutropio foi colocado na berlinda e uma duvida foi colocada na mente dos torcedores e que merece uma analisa detalhada e paciente. E que levará em conta o perfil histórico do Alviverde campineiro no futebol campineiro.
O campeão da Série A-2 de 2018 é uma agremiação de porte médio. Tem dois títulos nacionais. Participação em Copas Libertadores. E um DNA consagrado: a revelação de atletas.
Amaral, Renato, Careca, Luizão, Amoroso, Julio Cesar, Evair, João Paulo…A lista parece infinita. Todos com qualidade e talento. Devido a incompetência dos dirigentes, por anos e anos, a fabrica de talentos secou. Ou fabricou tudo de segunda linha. Tivemos alguns lampejos, com times sendo formados por jovens, como aquele que subiu na Série A-2 de 2007 ou no vice-campeonato de 2008.
Eis que em 2019 tudo muda. Radicalmente. A equipe disputa o principal torneio de categoria de base do Brasil e chega as semifinais. Fica a frente de 124 equipes. E não foi uma equipe baseada apenas no conjunto. Tinha talentos. Lucas Ferron, Pedro Accorsi, Pedro Henrique, Matheusinho e Davó.
As férias das categorias acontecem, os jogadores retornam e o que acontece? Poucos são utilizados. Já abordamos isso aqui mas é impossível deixar de revisitar o tema. Neste futebol brasileiro de parcos talentos e pela falta de poderio ofensivo do Guarani, deixar estes atletas em stand by e de modo quase infinito é quase um erro fatal.
Não só porque os atletas não aproveitados. E sim porque a medida é contraditória em relação a própria história do Guarani. Reabilitar-se e renegar o passado e o que foi feito de positivo é sabotar o futuro.
(Elias Aredes Junior)