Guarani e a sua arma para o dérbi 204: o desconhecido. Leia e entenda!

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Roberto Avallone, em seu programa dominical “Mesa Redonda”, na TV Gazeta, dizia que o futebol era dinâmico. Um fato hoje pode não valer nada amanhã. Ou uma balança que parece destinada a pender para um lado pode de repente mudar o seu rumo.

 Há duas semanas, com o elenco que tinha em mãos, mesmo com toda a tradição do derbi campineiro, o Guarani teria muitas dificuldades para se opor a rival Ponte Preta, que na média está em melhor fase técnica e tática.

Após os 180 minutos contra o Criciuma e Náutico, não vou dizer que o alviverde é favorito. Não. A Ponte Preta apresenta melhores condições de ganhar a partida e faturar os três pontos. (Aviso aos apressados: favorito não quer dizer que vai ganhar o jogo!).

Mas um fator entrou em campo e se o Guarani tiver a capacidade de aproveitá-lo pode fazer o jogo ficar ainda mais parelho: o desconhecido.

Explico: se o Alviverde estivesse com o meio-campo tradicional com Leandro Vilela, Madison (ou Silas) e a armação com Isaque a missão de estudo dos analistas de desempenho da Ponte Preta seria muito facilitada.

Existe á disposição um portifólio de jogos que demonstraria a capacidade dessa formação, cujo ponto negativo era o ataque com Bruno José, Yago, Lukão do Break, Julio César, entre outros cotados.

Agora, o quadro mudou.

Por mais que tenham informações, videos e jogadas armazenadas, como saber de que maneira vai reagir o Guarani com Bruno Miranda, Richard Rios, Jenison, Jamerson e até o volante Alvarino?

Não dá para saber.

Essa é a beleza do futebol. Você pode contratar um jogador e ele arrebentar em campo. Ou ele pode não jogar nada. E sobre os reforços arregimentados não há um veridito fechado. Esse desconhecimento de potencial é que produz um cenário com possibilidades e alternativas.

Até porque um jogador pode reagir de uma maneira em determinado time e pode apresentar um comportamento totalmente diferente no Guarani. Mesmo que involuntariamente, é um fator surpresa.

Só existe uma convicção: se o Guarani não consertar a sua bola áerea defensiva, não há surpresa que dê jeito no dérbi campineiro.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan)