Guarani e a torcida: que a mistureba de perfis e currículos dê resultado

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Já abordei neste espaço do Só Dérbi a necessidade do Guarani buscar jogadores que estejam em sintonia com o perfil exigido pelo clube. Até para facilitar o processo de adaptação a cidade e a torcida cada vez mais exigente.

Estamos a poucos dias da estreia bugrina na Série C do Campeonato Brasileiro e por enquanto existe um mix de jogadores. Alguns como o goleiro Leandro Santos (ex-Oeste) e o lateral-direito Daniel Damião (ex-XV de Piracicaba) e o armador Edinho (ex-Ituano) estiveram recentemente naquele espaço mais adequado para o Guarani buscar reforços, que seria o interior paulista. Outros como o goleiro Gledson, estavam recentemente em outros centros mas já viveram a competitividade do futebol paulista. Basta dizer que Gledson esteve recentemente na Portuguesa e com destaque. Uma bola dentro da diretoria.

Nesta mistura alguns jogadores se constituem em autênticas apostas como o zagueiro Matheus Menezes, de 25 anos, e que disputou o Campeonato Carioca pelo América Carioca e o atacante Renato Silva, 22 anos, integrante do Boa Esporte no último Campeonato Mineiro.

Esta “salada mista” de perfis traz uma dificuldade e exibe uma verdade incômoda. A dificuldade fica nas mãos do técnico Marcelo Chamusca, que junto com a Comissão técnica será responsável não só por dar uma cara a equipe como também de formatar e viabilizar um condicionamento igualitário para atletas oriundos de diferentes centros. Que ninguém se iluda: o nível de exigência do Campeonato Carioca é diferente daquele que é pedido no torneio mineiro, que é superior tecnicamente ao paraibano e assim vai…

Em contrapartida, dá para apostar que a diretoria bugrina só tomou tal medida por restrições orçamentárias. Por contar com os campeonatos mais competitivos do país, as divisões de acesso de São Paulo pagam salários que devem encontrar-se no nível até de times pequenos de divisões de elite de outros estados.

Lógico, o Guarani melhorou financeiramente nos últimos anos. Mas não é para soltar rojões. Resultado: o jeito é torcer para tal “mistura” de currículos dar um caldo com o sabor que todos desejam: o acesso.

(análise feita por Elias Aredes Junior)