O que vou escrever é chover no molhado. É enxugar gelo. Óbvio do óbvio. E necessário. O Guarani está na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. Um elenco pessimamente montado e uma diretoria engolfada pela vaidade. E que mostra dificuldades em assimilar críticas.
Eu sou partidário de todos aqueles que são criticos a gestão de Ricardo Moisés, a postura passiva do Conselho Deliberativo, do Conselho de Administração e principalmente dos erros de gestão de Michel Alves no futebol: vários zagueiros acima de 30 anos, volantes com duvidosa capacidade técnica, atacantes desprovidos de poder de conclusão…o motivos para descontentamento são vários. Infinitos. A cada 90 minutos, o Guarani dá mais motivos para chorar do que para sorrir.
Minha conversa é com você, torcedor bugrino, que comparece em todos os jogos, que consume noticias do clube e que não desgruda do time. Compreendo sua revolta. Entendo seu inconformismo. Só que você não tem a alternativa de desistir. Jogar a toalha. Deixar de ir aos jogos. Sem você, tudo ficará dificil. Eu diria impossível.
Não é papo motivacional. Não é discurso vazio. O Guarani só existe e respira por causa de você, torcedor bugrino. O que Guarani tem mais 14 jogos em casa. Precisa apostar todas as fichas nestes 42 jogos em disputa para permanecer na segundona nacional. E o seu papel, torcedor, é fundamental. Não só ao sentar na arquibancada, mas também de arrastar um, dois, três amigos, para o Brinco de Ouro.
É gigantesco o que está em jogo. Não é só a permanência na Série B. É a possibilidade de fazer parte de uma Liga de Clubes, que poderá proporcionar recursos que nunca estiveram no horizonte do Guarani. É fazer parte de um grupo seleto que será a elite do futebol brasileiro.
Michel Alves e Ricardo Moisés devem ser cobrados e criticados por tal quadro. Mas eles passam. O Guarani fica. É isso que o torcedor não pode perder de vista. Com os torcedores engajados, os jogadores bugrinos, fechados em si, serão obrigados a mudar a postura, a atitude e buscarem algo melhor. Mas sem as arquibancadas cheias, tudo ficará mais dificil.
Lembre-se do Guarani hoje. Para que ele não seja esquecido amanhã.
(Elias Aredes Junior-Thomaz Marostegan-Guaranipress)