Guarani e o novo treinador: a diretoria sabe o que realmente quer para 2019?

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O Guarani ainda procura um treinador. Deve definir na semana que vem. A lista de pretendentes não é pequena. Só que antes de escolher o profissional, o divã deveria ser colocado na sala principal do Conselho de Administração na busca de uma única resposta: qual estilo de trabalho desejado? O que espera-se do profissional? Definir um estilo de jogo, uma forma de jogar e sentir também o desejo do torcedor são predicados urgentes para que o acerto aconteça.

Pela lista, percebe-se que atira-se para todos os lados. Guto Ferreira é capaz e competente. Um dos melhores que vi em treinamentos. Sua filosofia é de marcação forte, compacta, contra-ataque, mas uma dose de iniciativa de jogo quando for necessária. É alguém com controle do  cotidiano do departamento de futebol, graças ao trabalho de seus auxiliares André Luiz e Alexandre Faganelli.

Se a escolha recair sobre Thiago Larghi, a direção muda. E o histórico profissional idem. Larghi teve atuação como analista de desempenho e atuou na Seleção Brasileira e foi efetivado  como treinador do Atlético Mineiro quando estava com Oswaldo de Oliveira. No Galo Mineiro, como esteve pela primeira vez no comando de jogadores tarimbados. Sua clara inspiração é Pepe Guardiola e seu jogo ofensivo e troca de posições. Larghi não é adepto do futebol intenso e ofensivo. Ou seja, da correria desenfreada patrocinada por Cuca e outros treinadores menos renomados.

E se for Adilson Baptista? Recebe-se um profissional dedicado, estudioso, mas traumatizado pela série de trabalhos fracassados. Com Osmar Loss, a escolha é por um futebol pragmático, defensivo e de disciplina tática. Ou seja, a escola gaúcha perpetuada no Corinthians por Tite e Mano Menezes de 2008 até o ano passado com o discípulo Fábio Carille.

Entenderam? Se os dirigentes não definirem o que desejam e ficarem determinados a defenderem sua escolha, qualquer decisão será inútil.

(análise feita por Elias Aredes Junior)