O técnico Oswaldo Alvarez promoveu um cavalo de pau no Guarani. Fará mudanças em todos os setores e aguarda colher os frutos a partir de sábado, ás 16h30, contra o Santa Cruz, no estádio Brinco de Ouro.
Se vencer e quebrar o jejum de sete jogos sem vencer nem precisa ser gênio da lâmpada para prever: Vadão ganha fôlego, a torcida lhe perdoará e alguns passarão até a sonhar com a volta do objetivo do acesso.
A pergunta incômoda precisa ser feita: e se der tudo errado? O que fazer caso a Cobra Coral surpreenda e some um ou três pontos?
Apesar das evidentes limitações do Santa Cruz, evidenciadas por ter somado nove pontos nas últimas 10 rodadas, de acordo com dados da Universidade Federal de Minas Gerais, outros inimigos estarão em campo.
O primeiro chama-se desentrosamento. Três treinos são insuficientes para acertar detalhes e posicionamentos vitais como rebote na bola parada, acerto do contra-ataque e variações entre volantes e armadores para pegar o oponente de calça curta. Isso só virá com o tempo. Uma semana é muito pouco, quase nada.
O ritmo de jogo não deve ser desprezado. Treinar toda a semana, concentrar e ficar só no banco de reservas é uma situação diferente de quem vive tudo isso e joga. O rendimento físico não pode ser desprezado. Nos últimos jogos, os antigos titulares registravam queda de rendimento e ofereciam campo ao desafiante. Não será estranho que venha a ocorrer tal situação com atletas que ou não jogavam regularmente ou são recém-recuperados de lesão.
E se estes problemas ocorrerem? O que fazer? Em primeiro lugar, colocar na consciência de que a meta será a manutenção e que é preciso dar força e incentivo para que estes atletas acertem e apliquem um novo modelo de jogo no gramado.
O Guarani não tem mais espaço para testes. Não pode errar. É a cartada final. Ou reage ou poderá amargurar tremenda decepção. Insistir nestes novos titulares é a única saída. Queiramos ou não.
(análise feita por Elias Aredes Junior)