Guarani e um encerramento em forma de melancolia. Quem é o culpado?

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Nove jogos sem vencer. Uma derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO e ainda presenciar no gramado o acesso do adversário dentro do gramado. E que deveria ser seu. Um clube que perde o seu executivo de futebol para um adversário mais estruturado e com poder de fogo maior. Não poderia ter sido mais melancólico o final de temporada do Guarani. A incompetência foi tamanha de que os 57 pontos conquistados deixaram a sensação de que a agremiação lutou contra o rebaixamento. Ou que andou de lado.

Sim, porque no ano passado, os 51 pontos produziram a mesma posição final na tabela. Com uma diferença: a equipe treinada por Mozart terminou em clima de esperança. O elenco de Umberto Louzer tem o desalento como parceiro.

No futebol não adianta falar. Gargantear. Tem que fazer. Monitorar as 24 horas do dia. Encontrar-se preparado para as armadilhas. O Guarani caiu em algumas ciladas. A principal foi acreditar de que todos os jogadores do banco de reservas teriam condições de segurar a peteca. Não seguraram. Resultado: os titulares foram utilizados além da conta, o desgaste físico apareceu no horizonte e a queda técnica foi natural.

Enquanto isso, Thiago Carpini, que foi defenestrado por dirigentes bugrinos do passado degusta um vice-campeonato do Campeonato Paulista e o acesso na Série B. O tempo é senhor da razão.

A torcida do Guarani não precisa ser responsabilizada de nada. Esta torcida precisa parar de sofrer e acumular tantas decepções. Para este processo ser interrompido os dirigentes estatutários precisam ser humildes de admitirem seus erros. Quando isso ocorrer os acertos vão aparecer. E a torcida vai sorrir. Alguém tem que dar o primeiro passo. Quem? O tempo dirá.

(Elias Aredes Junior-foto arquivo-Guarani F.C)