O técnico Oswaldo Alvarez tem uma fila de desfalques. Jogadores importantes em e imprescindíveis nesta altura do campeonato. Para ser mais específico, o Guarani não conta com o lateral-esquerdo Eron por rompimento no tendão de Aquiles; o zagueiro Alef em recuperação de lesão no joelho esquerdo, lesão que também acometeu Philipe Maia, em processo de transição na parte física assim como o atacante Eliandro, lesionado na coxa esquerda.
Nos últimos dois jogos em casa, diante de Goiás e Ceará, novos problemas. William Rocha encontra-se com lesão muscular na esquerda e Rafael Silva ficará parado por quatro semanas em virtude de contusão muscular na coxa.
São seis jogadores que, bem ou mal, poderiam fazer a diferença no gramado e assistem a Série B pela televisão. Nesta semana, escrevemos neste Só Dérbi que o Guarani deveria cuidar de aprimorar sua estrutura para deixar de sofrer em uma eventual participação no Campeonato Brasileiro.
Pois eu digo que os efeitos já são nítidos. Este jornalista apurou que funcionários do próprio Guarani consideram deficiente a infraestrutura do departamento médico, do departamento de fisioterapia e de fisiologia.
O quadro só não é pior porque os profissionais que trabalharam nos últimos anos no Brinco de Ouro utilizaram a criatividade e até equipamentos próprios para viabilizar os resultados necessários. Em resumo: se o Guarani contasse com estrutura e equipamentos de primeiro mundo, utilizados por clubes até de médio e pequeno porte como Boa Esporte (MG) e Londrina, o tempo de recuperação destes e outros jogadores seriam bem menores e automaticamente Vadão teria uma dor de cabeça bem mais amena.
Perda de mentes diferenciadas colaboram no aumento da apreensão. Exemplo disso é do fisiologista Juninho Brilhante, hoje no Boa Esporte, com passagens na Seleção Brasileira e que quando esteve no gramado viabilizou exames de detecção de esforço físico e medição de percurso dos atletas (o chamado GPS) com equipamentos próprios. Por uma questão econômica, o clube perdeu um jogador de ponta.
Qual o problema? Infelizmente, dirigentes bugrinos, conselheiros e uma parte da torcida só pensam no dia seguinte. Não conseguem o discernimento necessário de separar recursos ou formar parcerias para colocar o Guarani na vanguarda. Adendo: não adianta o atual grupo político enumerar feitos e mais feitos para dizer que a agremiação melhorou. Ainda está atrasado em relação aos concorrentes. Fato.
Independente do resultado, está na hora dos dirigentes do Guarani, dos integrantes do Conselho Deliberativo esquecerem as desculpas, deixarem de esperar o cumprimento de ordens judiciais para investir na melhoria do clube. Porque se isso não acontecer não será apenas o acesso do Guarani que ficará comprometido e sim o seu próprio futuro.
(análise feita por Elias Aredes Junior)