Guarani, um time focado em produzir bom futebol e que estreita sua relação com a torcida

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“A última vez que vi o Guarani jogar dessa maneira foi em 1998”. “O melhor jogo do campeonato”. “Tive orgulho de ser bugrino”. Estas foram algumas frases enviadas ao meu Whatsapp particular na noite de segunda-feira, logo após o empate por 3 a 3 entre Guarani e Cruzeiro no Mineirão.

Ninguém esqueceu das falhas de Renanzinho ou dos equívocos de marcação do zagueiro Victor Ramon. Tais empecilhos foram insuficientes para tirar o orgulho do torcedor. Existia um frescor, um êxtase pela produção no gramado.

Contar com jogadores em noite inspirada como Murilo Rangel e Lucas Crispim ajudou de modo agudo. Acredito que algo fez com que os torcedores ficassem vidrados: a postura.

O Guarani não foi covarde. Nunca os atletas desanimaram após os gols sofridos. Tomar o terceiro gol não foi suficiente para tirar o ímpeto, a sede pela vitória. Em cada lance e conclusão, existia a impressão de que o jogador mostrava prazer em encontrar-se ali.

Pegue este cenário junto com o discurso comedido, humilde e focado tanto do técnico Felipe Conceição, como também do seu auxiliar Marcelo Barbosa.

Não há como vender ilusões. A equipe vai oscilar. Terá tropeços. Como já teve. Acredito que o destino do Alviverde, se continuar no atual ritmo, é ficar de 10º a 13º colocado. Convenhamos: uma baita evolução para quem ficou oito rodadas na zona do rebaixamento.

O atual Guarani encaixa-se perfeitamente na frase de José Mourinho no documentário Playbook, disponível na Netflix: “Você nasce e vai morrer amando o mesmo clube. Não se vira a casaca.  Mas às vezes, você não ama o time”. Dessa o Guarani, vive o momento inverso. O time faz com que o torcida fique apaixonada por aquilo que vê no gramado. Que continue assim.

(Elias Aredes Junior)