Ao começar o dia de apuração sobre o novo técnico do Guarani, tinha em mente que Roberto Cavalo seria o candidato natural ao posto. Eis que sou surpreendido com a noticia de que o Guarani insiste na contratação de Gilson Kleina. Teima em contar com o técnico.
Ao mesmo tempo Vadão e Lisca são cartas fora do baralho. Não pela instituição, mas por causa de atos cometidos no passado e afastam esses profissionais da possibilidade de um acordo.
Essa suplica por Gilson Kleina demonstra uma subserviência e até humilhação por um profissional. Digamos que ele recue e aceite a oferta do Alviverde. Que autoridade terá um dirigente para exigir eficiência no trabalho caso algo não dê certo? Com tal postura, é quase uma transferência de poder.
Só que não há nada que não possa piorar. A ausência de opções para o Guarani demonstra de modo cabal um isolamento de mercado. Inexistência de interlocução com os principais empresários.
Basta dizer que o atual Conselho de Administração é rompido com Nenê Zini ajudou o Guarani a conquistar o título da Série A-2 e depois manteve o time na Série B. Fato. Não gostava do Nenê Zini? Por isso o motivo do rompimento? Então ficou claro que, na visão do Conselho de Administração, ficam acima das instituições.
A partir daí foi criado um universo paralelo no Guarani, em que as entrevistas tinham a meta de adiar o enfrentamento da realidade. Se formos aprofundar a reflexão pelo caminho do isolamento, podemos dizer que o Guarani é uma Coréia do Norte do mundo da bola.
Isolada, sem recursos, incapaz de se relacionar com os vizinhos, economicamente está muito atrás do principal adversário geopolitico (Coréia do Sul). Pior: não tem sequer uma bomba atômica para ameaçar. Ninguém pode entrar e não há possibilidade de sair da roda viva. Que tristeza.
(Elias Aredes Junior)