Por ser uma cidade interiorana, com pontos peculiares e dois times centenários, Campinas foi o celeiro para a revelação de profissionais do futebol. Uma rareou de modo tremendo: a revelação de treinadores nativos. Gente que nasceu ou foi criado em Campinas, forjado dentro dos estádios e que depois ganharam o mundo. João Brigatti foi uma exceção bem vinda, porque quebrou a escrita. É um ex-jogador da Ponte Preta desde as categorias de base e que teve sua primeira chance efetiva com a camisa da Alvinegra. A tentativa anterior, com Felipe Moreira, foi um fracasso.
E antes? O processo era igual. Revelação em algum clube de médio e pequeno porte, vitrine com Ponte Preta e Guarani e depois a projeção para trabalhar em clubes maiores. Gilson Kleina apareceu no Duque de Caxias para chamar atenção da Ponte Preta. Guto Ferreira subiu o Mogi Mirim na Série D e depois trabalhou no Majestoso. Umberto Louzer teve passagens por Paulista de Jundiaí e Nacional e ganhou sua chance efetiva no Guarani.
Nunca mais vimos surgir gente como Zé Duarte, que apareceu no futebol amador da cidade para depois colher bons resultados nos dois estádios. Ou Cilinho, capaz de criar até um séquito de admiradores com seu nome, os cilinistas. Talvez os últimos tenham sido Marco Aurélio Moreira, projetado no início dos anos 2000 por Marco Antonio Eberlim e que depois dirigiu agremiações como Palmeiras e Cruzeiro.
Outros nome de destaque é Sérgio Guedes, vice-campeão paulista em 2008 e que além de goleiro da Ponte Preta. No Guarani, o último que teve sucesso como jogador como jogador e depois iniciou como treinador foi Luis Carlos Barbieri. Isso no período de 2003 a 2004! .
E depois? Tentativas aqui e dali e fracassos. Algo chama atenção. A Unicamp tem uma Faculdade de Educação Física e que é focada na Ciência do Esporte e nunca firmou qualquer convênio com os dois clubes para auxiliar nesta formação. O futebol de Campinas tem alguns mistérios que ninguém explica.
(análise feita por Elias Aredes Junior)