Quando o camisa 10 João Paulo encontra-se em campo a imagem que o torcedor pontepretano tem é que algo diferente vai acontecer. Os números atestam. Dos 38 gols anotados pela Macaca na Série B, Copa do Brasil e Paulistão, o jogador teve participação em 14 gols, sendo que em nove ele balançou as redes. Isso dá 36,84% dos gols pontepretanos em 2020.
Perceba que João Paulo cravou esta marca em conjuntura adversa. De largada, a gestão de Gilson Kleina, marcada por turbulências na montagem do time e falta de qualidade; depois a luta contra o rebaixamento no Paulistão. Para completar, a necessidade de se submeter a um processo de montagem de equipe em plena Série B do Brasileirão, sob o comando de Brigatti. Ou seja, a tranquilidade produziria um rendimento melhor.
Ser destaque não faz João Paulo ficar com ar de grandeza. Pelo contrário. Na entrevista coletiva feita nesta segunda-feira, o atleta emitiu o recado de que sabe o quanto é volúvel o mundo do futebol. “Fico feliz pelo que vem acontecendo ao longo desses meses. Agradeço a Deus, à minha família, meus companheiros de elenco e comissão técnica. Tem sido muito gratificante esse início de Brasileiro, mas esse momento que vivo só é possível pelo trabalho junto dos meus companheiros. Não me acho um ídolo, só procuro fazer o meu melhor em campo para ajudar o time. Mais importante que eu ser artilheiro é a Ponte estar ganhando os jogos”, disse.
De certa forma, a boa fase de João Paulo ajuda tirar pressão de Camilo para que apresente um rendimento soberbo assim que voltar de lesão. Não há como negar: João Paulo por enquanto é o maestro da companhia. Merecidamente os elogios apareceram.
(Elias Aredes Junior)