Dizem que uma imagem vale por mil palavras. A foto que ilustra este texto, em que estão Marcelo Oliveira e Lisca, reproduz de maneira fiel a situação atual do futebol brasileiro na atualidade.
Do lado direito, o treinador do América Mineiro. Contratado em janeiro deste ano para ocupar o lugar de Felipe Conceição, hoje no Guarani e que na época aceitou o convite do Red Bull Bragantino.
O Conselho de Administração suportou as turbulências, bancou a continuidade do trabalho e o saldo é positivo: presença nas quartas de final da Copa do Brasil, semifinalista do Campeonato Mineiro e presença no grupo de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro.
Teve tempo para construir uma base, uma metodologia de jogo e uma estratégia com começo, meio e fim a cada 90 minutos. Ao se levar em conta o quadro do futebol brasileiro, é um privilegiado.
No lado esquerdo da imagem, Marcelo Oliveira. Campeão pelo Cruzeiro e Palmeiras. Experiente, vencedor. Certamente machucado pelos vícios reinantes no futebol. Neste ano, é o terceiro profissional a ocupar o cargo de treinador da Ponte Preta.
Não tem tempo para nada. Precisa jogar e ganhar. E convencer. Pouco importa se o calendário não lhe fornece condições. Não interessa os jogadores fornecidos. Vive com o seu emprego renovado a cada 90 minutos. E se perder? O julgamento das redes sociais é implacável.
Lisca e Marcelo Oliveira. De um lado, o futebol como minimamente deveria ser; do outro, uma vitima do futebol que queremos esquecer.
(Elias Aredes Junior)