Está encerrado o período de preparação do Guarani para enfrentar a Ponte Preta, neste sábado, às 19h, no Brinco de Ouro da Princesa. Ao contrário do rival, o Bugre teve dez dias de descanso entre dois compromissos oficiais, algo comemorado por Umberto Louzer.
“A preparação foi a melhor possível. Trabalhamos muito bem neste período. Os atletas se dedicaram ao máximo. Não poderia ser diferente, até pela atmosfera criada. A importância deste jogo é muito grande para todos. Com ênfase nisso, abordamos nosso dia de trabalho para que pudéssemos ter os melhores treinamentos. Espero que eles possam ir a campo para fazer o melhor e, consequentemente, buscar o resultado positivo”, afirmou.
Participar de um dérbi como técnico será inédito para o capixaba. Nas quatro linhas, porém, ele esteve em campo no clássico de 2006, disputado no Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Paulista e que terminou empatado em 2 a 2. “Como atleta, você se prepara mais no individual, apesar de o futebol ser esporte coletivo, e busca desempenhar sua função com eficiência e agregar. Enquanto treinador, é necessário cuidar dos jogadores, fazer com que eles entendam o que é necessário ser feito e ajustar os setores”, analisou.
O comandante descartou que o longo período de treinamentos traga vantagem ao Alviverde neste sábado. “Por um lado, foi bom. Conseguimos reequilibrar a parte muscular dos mais desgastados. O tempo é válido para entrosamento, trabalhar o que é necessário e corrigir nossas deficiências. Estamos em reconstrução. O intervalo foi importante para que chegássemos bem preparados psicologicamente”, frisou.
FAVORITISMO?
Apesar de o Guarani viver momento melhor do que o rival e de atuar diante do torcedor, Louzer descarta qualquer tipo de favoritismo. “As equipes se equivalem muito. Independente do momento em que cada um chega, as situações se nivelam em clássicos. Tenho certeza que meu time está preparado para desenvolver o melhor futebol e somar três pontos. A gente não pode perder a essência de propor o jogo e atuar ofensivamente. É claro que é preciso equilíbrio na defesa, o futebol moderno exige isso: recomposição e linhas próximas”.
LENON JOGA?
Um dos mais regulares do elenco, Lenon é dúvida para o dérbi. O lateral-direito sofre de gastroenterite desde segunda-feira, esteve fora de dois treinamentos e teve o problema agravado. Caso o camisa 2 não esteja totalmente recuperado, não será escalado. “Estou esperando confirmação do Departamento Médico, mas já dei meu ponto de vista. Ele só joga se estiver 100%. Caso contrário, não podemos expor o atleta para comprometer a sua saúde. Não vamos prejudicar o lado humano”.
DÚVIDAS NA DEFESA E VOLTA DO QUARTETO DE FRENTE:
Com lesão no músculo adutor da coxa e criticado na derrota para o Atlético-GO, Anderson pode perder a vaga de titular no Alviverde para Éverton Alemão, contratado junto ao São José-RS. “Independente de quem eu opte para a defesa, será um sistema novo. Quem ficar na suplência, tem a minha confiança. O quarteto de frente está credenciado a começar jogando. Eles fizeram diferença na Série A2, marcaram muitos gols e contribuíram bastante. O desempenho individual e coletivo foi fundamental”.
REFORÇOS REGULARIZADOS:
Rafael Longuine e Kauê estão regularizados no Boletim Informativo Diário (BID) e já ficam à disposição do treinador no final de semana. “São dois bons nomes, com qualidade técnica e valores. Já estão inseridos no processo de treinamento, mas ainda é prematuro colocá-los desde o início. O grupo abraçou esses reforços, que vieram para somar. O Longuine tem um condicionamento melhor do que o Kauê. Ao meu ver, ambos estarão disponíveis no dérbi”.
JOGO À PARTE:
“Não é uma partida normal, é algo diferente até pela mobilização na cidade. É preciso fazer com que os atletas entendam a dimensão do dérbi. O preparo emocional é vital, temos que controlar a ansiedade. Vamos vivenciar o hoje para que controlemos o frio na barriga”.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)