Sob o comando de Umberto Louzer, o Guarani mostra bom futebol na Série A-2 do Campeonato Paulista. É um dos favoritos ao acesso. Apesar disso, existem problemas administrativos e jurídicos a serem resolvidos.
Levantamento feito pela reportagem do Só Dérbi junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da décima quinta região demonstrou que o clube ainda enfrenta em tramitação, seja em primeira ou segunda instância, 148 processos trabalhistas, mesmo após o acordo sacramentado sob o aval da juíza Ana Cláudia Torres Viana e que permitiu a posse do estádio Brinco de Ouro ao empresário Roberto Graziano, desde que ocorresse o pagamento de dívidas trabalhistas e a posterior construção de um novo estádio, centro de treinamento e uma sede social.
De acordo com a certidão emitida pelo Tribunal (confira o anexo abaixo), a maior Vara com o maior número de processos é a décima Vara com 36 processos contra o Guarani.
O documento revela ainda que existem processos contra o Bugre nas cidades de Guaratinguetá, Lins e em Valinhos.
As ações contra o Guarani também mostram diversos estágios de tramitação. Existem Reclamações Trabalhistas Ordinárias, Execuções de Título, petições, reclamação trabalhista sumária (em que há a requisição de pagamento de pequenos valores), carta precatória (oriunda de outra comarca), Ação Civil Pública, Execução Fiscal e processo com pedido de exceção de provas.
Em outra certidão, a Justiça do Trabalho afirma que dos 148 processos, em 59 processos, o Guarani está enquadrado no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas, pois são processos com sentença definida e com cálculo homologado, sendo que em alguns casos existem bens dados como garantia para execução. Em outros 12 dos 59 processos, existe o débito com exigibilidade suspensa, o que significa que a dívida existe, porém está impedida de cobrança devido alguma situação que faz suspender sua exigibilidade, como parcelamento de débitos ou um processo em andamento.
A reportagem do Só Dérbi entrou em contato com o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, para obter mais informações especialmente sobre o montante que já foi pago e quantos desses processos já foram extintos ou estão no caminho de serem resolvidos. O dirigente, entretanto, disse que só falará após o dia 08 de abril, pois o momento é que todos estejam unidos para o acesso do Guarani.
Anexos:
Relações dos processos em tramitação do Guarani no Tribunal Regional do Trabalho na décima quinta região:
certidoes de processo do guarani
Relação dos processos que já tem sentença definida, valor homologado mas que não foram quitados pelo Guarani:
certidão das dividas não pagas go Guarani
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)