Morre Francisco Amaral, o prefeito da época de ouro do futebol campineiro

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O ex-prefeito e ex-deputado federal Francisco Amaral faleceu na madrugada desta quinta-feira (28) aos 92 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada e o enterro será na tarde desta quinta-feira (28) no cemitério Flamboyant, em Campinas. Amaral exerceu o cargo máximo do Palácio dos Jequitibás em duas ocasiões e foi testemunha de dois momentos distintos do futebol campineiro.

No primeiro mandato, de 1977 a 1982, além de sua escolha representar o repúdio da sociedade campineira ao regime militar – era do MDB, partido de oposição – Francisco Amaral foi testemunha do período de ouro do futebol local.

Foi no seu mandato que a Ponte Preta conquistou os vice-campeonatos paulista de 1977, 1979 e 1981; do seu gabinete, acompanhou a Macaca participar da semifinal do Campeonato Brasileiro de 1981, quando caiu nas semifinais diante do Grêmio.

Com o Guarani, não foi diferente. Na sua gestão, o clube sagrou-se campeão brasileiro em 1978, quarto lugar na Copa Libertadores de América de 1979, Campeão da Taça de Prata de 1981 e terceiro lugar no Brasileirão de 1982, quando o Guarani perdeu do Flamengo perante 52 mil torcedores no Brinco de Ouro.

Francisco Amaral foi o prefeito na época em que Campinas ficou conhecida como a “Capital nacional do Futebol” e foi palco de dérbis inesquecíveis, como o do dia 03 de junho de 1979, quando diante de 38.948 pagantes no Estádio do Pacaembu o Guarani venceu a Macaca por 2 a 0, em jogo válido pelo terceiro turno do Paulistão de 1978.

Dois anos depois, a Alvinegra venceu o Guarani por 3 a 2, pela decisão do turno inicial do Campeonato Paulista de 1981 e posteriormente decidiu o torneio. Na primeira gestão de Amaral, as duas equipes encontram-se 19 vezes com oito vitórias pontepretanos, nove empates e duas vitórias bugrinas. Em maio de 1982, Amaral desligou-se do cargo para concorrer a deputado federal.

Quando retornou ao cargo, em janeiro de 1997, Chico Amaral lidou com outra realidade no futebol de Campinas. O Guarani estava firmado nas principais divisões dos campeonatos estadual e nacional e a Ponte Preta em busca do ressurgimento. No final, em sua gestão, o Alviverde ainda estava nas duas divisões e a Macaca, além de subir para a divisão principal do Brasileirão, em 1997, já disputava em 2000, a divisão principal do Paulistão. Neste período, apenas três derbis foram disputados, com um empate e duas vitórias favoráveis ao Guarani.

Com o desaparecimento de Chico Amaral também vai embora uma parte da história do futebol campineiro.