Portais de internet descrevem em detalhes a performance da Ponte Preta no jogo-treino contra o Bragantino e com empate por 2 a 2. Estratégias foram reveladas e que serão aplicadas antes da estreia no dia 15 de maio, contra o Figueirense, na casa do adversário. O campo de testes serão os dois confrontos diante do Genus (RO), válido pela Copa do Brasil.
O técnico Eduardo Baptista tomou a medida correta. Acelerou o planejamento e a implantação de sua filosofia de trabalho. Precisa arregimentar resultados em curtíssimo prazo e por um motivo: a pressão beira ao insuportável.
A torcida da Ponte Preta está impaciente. Não quer dar tempo. Quer três pontos e mais nada. Não será facil. Nas cinco primeiras rodadas a Macaca vai encarar além do Figueirense, adversários do porte de Palmeiras, Corinthians, Flamengo e América Mineiro. Três gigantes do futebol brasileiro em menos de 10 dias.
É injusto cobrar Eduardo Baptista nesta circunstância? Concordo. Infelizmente ele paga o preço por uma série de acontecimentos que fogem a sua alçada. A Macaca ficou fora das quartas de final do Paulistão, o que não ocorria desde 2010. Pior: em várias rodadas ficou preocupada com o rebaixamento.
O elenco exibiu fragilidades e a diretoria não efetuou a reposição. Encarou a frustração da negociação com Renato Cajá, agora no Bahia e o processo foi finalizado com as negativas de atletas como Marlone e o Romero do Corinthians, Rogério do São Paulo e Élber do Cruzeiro. Ou seja, a Macaca aumentou um pouco seu poder de fogo financeiro, mas não ao ponto de tirar atletas de equipes gigantes do futebol brasileiro. Parece encontrar-se de mãos amarradas.
Resultado: por enquanto, o jeito é trabalhar com o zagueiro Kadu, o atacante Roger, o volante Renê Junior e o lateral Diogo, contratados recentemente. Fica a pergunta: a torcida terá paciência para esperar uma melhora apesar das limitações do elenco já expostas? E se o time não reagir no começo do campeonato? As arquibancadas vão compreender o quadro?
Não, não haverá paciência. Inexiste tempo para laboratório, testes ou apostas. A ordem é formar um time competitivo e capaz de permanecer sem sustos na Série A do Campeonato Brasileiro. Isso será exigido de Eduardo Baptista desde o minuto inicial da primeira rodada. Convenhamos: será um teste de fogo. Se passar, o treinador pontepretano não só assegura boa campanha como nutre boas chances de fazer história.
(análise feita por Elias Aredes Junior)