Lisca está no fio da navalha. Comemorou a vitória sobre o CRB, o afastamento do risco de rebaixamento e o fato de contar com três match points para a obtenção da vitória redentora e a permanência na Série B do Brasileirão. São dois jogos longe de Campinas, sendo que na última rodada o confronto é diante de um Internacional assegurado virtualmente na divisão de elite mas de moral baixa.
Nesta terça-feira, o desafio é contra o Londrina, sexto lugar no returno com 28 pontos, com 55 pontos no total e com ambição de chegar a divisão principal. Tem um incômodo: o décimo melhor aproveitamento como mandante, com 30 pontos ganhos, com oito vitórias, seis empates e três derrotas. Ou seja, o time paranaense mais sofreu resultados negativos do que positivos no estádio do Café.
Então o quadro já seria motivo suficiente para partir sobre o oponente, buscar a vitória e livrar-se da degola? Nem tanto. O técnico bugrino deverá ser criterioso, ponderar as situações e escalar uma equipe que não comprometa o desempenho diante do Luverdense, sexta-feira, no Brinco de Ouro.
Fumagalli não deve ser submetido a qualquer tipo de desgaste e jogadores pendurados com dois cartões amarelos deveriam ser preservados para que não sejam perdidos para a partida decisiva. A lista é grande: os goleiros Leandro Santos e Vagner, os armadores Fumagalli e Luis Fernando, o atacante Caíque, o lateral-esquerdo Salomão, o volante Evandro, o beque Léo Rigo, Kevin. Vale a pena atuar com força máxima e correr o risco?
Isto não pode ser sacramentado como um atestado de desistência do jogo. Pelo contrário. Como já comprovou sua capacidade em montar times bem montados na defesa, Lisca poderá repetir a dose daquilo que foi feito contra Ceará e Goiás e coletar um ou três pontos.
Não é uma decisão fácil. Admito. A comissão técnica bugrina já mostrou capacidade para superar obstáculos piores.
(análise feita por Elias Aredes Junior)