O Guarani não precisa de craques e sim de atletas que entendam e triunfem na Série C

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Rodrigo Pastana deverá chegar na segunda feira e assumir o cargo de superintendente de futebol do Guarani. Sabe que sua tarefa será levar a equipe para a  Série B e salvar um ano com gosto amargo de fracasso. Também não se pode ignorar a ansiedade e a afobação do torcedor de contar com atletas que tenham capacidade de reviver o ano de 2008, quando o Alviverde sob o comando de Luciano Dias ficou com o vice-campeonato da terceirona.

Uma dúvida cerca todos: qual o perfil de jogador ideal para o Guarani? Quem poderá levar o time as vitórias necessárias para viabilizar a disputa das quartas-de-final? Sim, a qualidade técnica no gramado tem que vir acompanhada de mudanças na melhoria da infra-estrutura, do funcionamento do departamento de futebol e de decisões coerentes e sensatas por parte do técnico Marcelo Chamusca. Só que só isso não basta. É preciso mais. Muito mais.

Neste contexto, o Guarani precisa desprezar a fissura de contar com atletas renomados e famosos e apostar em gente com currículo de conquistas na própria Série C. Gente capaz de sair dos entraves e obstáculos que serão colocados nas 18 rodadas da fase inicial e também nos dois jogos que definirão o promovido à segundona. Nesta batalha, nome não ganha jogo.

Assim, a torcida do Guarani precisa dar uma trégua. Entender que nome não é garantia de absolutamente nada. Querem um exemplo? Veja a formação deste time titular: Glaysson, Osmar, Sidimar, Fabricio Soares, Bruno Ré, Felipe Alves, Rafael Jataí, Vinicius Kiss, Kaio Wilker , Marco Goiano, Felipe Augusto.

Tem algum nome conhecido? Alguma estrela incontestável do futebol nacional? O que dizer então desta formação: Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Teco e Xaro; Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira e Felipe Garcia ; Cleverson e Nena (Cirilo). Suspira por algum nome? Longe disso não é verdade!?

A primeira escalação colocada é do Tupi, que venceu os dois jogos contra o ASA e sacramentou o acesso á Série A. A segunda formação é do Brasil de Pelotas, que segurou um empate sem gols contra o Fortaleza diante de 63903 pagantes e chegou a segundona nacional. Dois times longe de serem inspiradores mas formados para aquilo que era fundamental: o acesso.

Moral da história: o Guarani não precisa de craques. O Guarani não necessita de estrelas. O Guarani precisa de gente capaz de suportar e triunfar na Série C. O resto é conversa fiada.

(análise feita por Elias Aredes Junior- foto de Rodrigo Villlalba-Memory Press)