Quero propor uma reflexão ao torcedor bugrino. Estamos ás vésperas da estreia do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro. Os reforços não empolgam, excetuando-se o armador Régis. O novo Conselho de Administração não inspira esperança em muitos torcedores.
As campanhas não trazem satisfação. Há muito tempo. Vamos realizar um retrospecto de longo prazo. Desde que o Guarani voltou a disputar a Série B, em 2017, apenas em duas oportunidades a equipe sonhou com o acesso, em 2018 e 2021.
Para completar, apenas nestes dois anos citados e no ano passado é que time ultrapassou a barreira dos 50 pontos. No restante, campanhas para fugir do rebaixamento. O Guarani já caiu em fase eliminatória para o Avenida na temporada de 2019 da Copa do Brasil e em 2022 foi eliminado pelo Vila Nova nos pênaltis. Em casa.
No Paulistão, disputou quartas de final contra o Mirassol em 2021 e diante do Corinthians em 2021. Nas outras edições, luta contra o rebaixamento.
Pergunto: como posso considerar esse retrospecto positivo? Compare com o passado histórico do Guarani e veja que não estamos com devaneios. É pouco, insuficiente. E a participação do Água Santa na final do Paulistão é a prova de que é possivel fazer mais.
A Série B bate à porta, Giovanni Augusto bota a boca no trombone, os reforços não empolgam e tem torcedor com ânsia de vender um mundo inexistente, com o Guarani brigando de igual para igual na ponta da tabela.
Pode acontecer? Pode. No futebol tudo é possível. Mas hoje não existe qualquer fato concreto que mostre isso. Ainda mais neste momento com uma possível situação financeira delicada.
Ilusão ou realidade?
O que pretende abraçar o torcedor bugrino?
Essa escolha vai determinar o destino do clube.
Porque a verdade dói, machuca, mas é redentora em médio e longo prazo. A ilusão, entretanto, é uma poção que leva qualquer um ao transe. E produz um ressaca terrível. Que prevaleça a verdade. Para que o Guarani não viva um mundo ilusório e acorde na Série C.
(Elias Aredes Junior- com foto de Rafael Ribeiro- CBF)