Umberto Louzer é o novo técnico do Guarani. Assume a partir do confronto com o Vitória, no dia 25 de junho. Por já ser um treinador de determinada rodagem e experiência no futebol vale a pena perguntar: qual Umberto Louzer estará no cotidiano do Brinco de Ouro? Qual perfil profissional encantou a diretoria? Não é absurdo perguntar tal abordagem.
Louzer foi campeão da Série A-2 em 2018 e nono lugar da Série B do mesmo ano em cima de uma plataforma de jogo criativa. Uma equipe de intensa movimentação. Baraka era o cão de guarda enquanto que Ricardinho dava velocidade e dinamismo no meio-campo. Setor com a presença de Bruno Nazário, dotado de uma criatividade decisiva. Tudo isso para abastecer o atacante Bruno Mendes. Deu super certo. Sair de um clube com aproveitamento de 55,3% é a comprovação de que a filosofia deu certo.
A vida é dinâmica. Muda a cada instante. Quando dirigiu a Chapecoense em 2020 e sagrou-se campeão da divisão, a filosofia era calcada no fortalecimento do sistema defensivo. Alan Ruschel, Joilson, Luiz Otávio e o goleiro João Ricardo eram integrantes de um sistema defensivo sólido, que sofreu apenas 21 gols em 38 jogos. Um paredão. Foi o alicerce para o aproveitamento de 64% e a conquista da Taça.
Essa trajetória demonstra a capacidade de Louzer de se adaptar ao ambiente e a conjuntura. De explorar o potencial máximo dos atletas. Se fizermos uma análise fria, podemos chegar a conclusão de que o setor ofensivo está longe de ser o problema. São 15 gols anotados em 12 rodadas, mesma marcada do Novorizontino. Mas ao verificar 11 gols sofridos enquanto que o Vila Nova (GO) tomou apenas três gols enquanto que o líder Novorizontino tomou quatro gols, não precisa ser ás do futebol para concluir qual versão de Louzer irá trabalhar no Brinco de Ouro.
(Elias Aredes Junior-foto de Arquivo Letícia Martins-Guaranipress)