Os 5 principais desafios de Eduardo Baptista na Ponte Preta

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Eduardo Baptista assinou contrato com a Ponte Preta para um projeto longo. O vínculo vai até dezembro de 2018 e o técnico trouxe os antigos escudeiros para ajudá-lo na missão de transformar a Macaca. A diretoria confia nisso e promete ter paciência com a adaptação da comissão técnica com o elenco atual. É inegável, no entanto, que alguns desafios exigem pressa do ex-comandante de Palmeiras e Atlético-PR.

A Ponte Preta se perdeu na temporada e passou de finalista do Campeonato Paulista a postulante ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A briga pelo G6 se tornou improvável, mas se posicionar em posições melhores é praticamente obrigação.

O Só Dérbi reuniu cinco pontos fundamentais que Eduardo Baptista precisará resolver de forma imediata para que o longo projeto não sofra abalos significativos logo no início.

leo gamalho

Problemas na criação e gols perdidos

A Ponte Preta conta com jogadores de qualidade no time titular. Renato Cajá e Emerson Sheik são os responsáveis pela criação, mas estão nitidamente isolados em campo há algum tempo. Falta aproximação na equipe alvinegra para que as jogadas saiam e se transformem em oportunidades concretas de gol. A Macaca atual depende bastante das ligações e dos cruzamentos para levar perigo aos adversários.

Não é o ideal em um clube com opções diversificadas no sistema ofensivo e que poderiam auxiliar os responsáveis pelo nascimento das jogadas. Lucca, Felipe Saraiva e Léo Gamalho são alguns deles. O problema é que quando as chances são criadas, a Ponte Preta tem desperdiçado com frequência. Encontrar o equilíbrio para que o time crie e arremate com sucesso é um dos principais desafios de Eduardo Baptista.

Padronização de jogo

A insatisfação de boa parte da torcida da Ponte Preta com o esquema de três volantes coloca em situação desconfortável o setor de meio de campo. Definir o sistema tático é quase que obrigação para Baptista ter tranquilidade.

O comandante já se mostrou admirador do esquema 4-3-3 com a presença de um construtor de jogo. Na temporada passada Thiago Galhardo foi utilizado na posição que deve ser ocupada por Renato Cajá. Continuar com Naldo e Elton ou promover testes com Jadson, Wendel, Jean Patrick e até Jorge Mendoza trata-se de uma escolha inadíavel. No momento, não é exagero dizer que para muitos pontepretanos tal decisão é mais importante até do que saber contra quem a Macaca entrará em campo no próximo jogo.

Recuperação dos contestados 

leoarturclaudinho

A lista de jogadores contestados no elenco alvinegro tem jogadores como os volantes Jean Patrick e Jadson, o meia Maranhão e o atacante Claudinho. Nomes que entraram em rota de colisão com a torcida e quase não têm mais clima para atuar com tranquilidade na equipe. Dar ânimo ao grupo, principalmente aos atletas perseguidos, será primordial no trabalho de Baptista.

Estabilidade emocional do elenco

A sequência ruim no Campeonato Brasileiro deixou a Ponte Preta próxima da zona de rebaixamento e a Macaca terá um confronto direto contra a Chapecoense no próximo domingo. Mas a equipe foi eliminada da Copa Sul-Americana após não conseguir reverter um revés de 3 a 1 para o Sport (a equipe venceu apenas por 1 a 0 no jogo da volta) e acabou sendo eliminada da Sul-Americana.

Blindar toda e qualquer ressaca do elenco com a falta de resultados será fundamental para que os resultados apareçam logo no início da caminhada de Baptista nesta segunda passagem como técnico da equipe pontepretana.

Trazer a torcida de volta 

Desmotivada com o time, mas confiante em Eduardo Baptista. É assim que a maior parte da torcida da Ponte Preta se sente com a fase do clube. Com respaldo pelo retrospecto no ano passado, o técnico espera ter sucesso para trazer os torcedores de volta. As partidas contra Chapecoense e Flamengo serão fundamentais para tentar deixar a equipe longe do rebaixamento e deixar o terreno preparado para o projeto em 2018.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)