Palmeron exala otimismo pelo Guarani. Está certo. Mas se der errado, o culpado está eleito. E não estará no gramado ou no banco de reservas

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Como todo comandante determinado a animar a tropa, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, afirmou em entrevista á Rádio Bandeirantes que a meta é brigar pelo acesso. “Guarani brigará com todas as suas forças pelo acesso. Possui um plantel que o coloca entre os dez times da Série B que brigarão pelo acesso. Esse é um campeonato muito nivelado, são dez, 12 equipes que brigarão, e o Guarani está dentro deste grupo. Por isso precisamos de pelo menos quatro peças”, disse.

Não criticarei o mandatário. Ele está certo. Como está no leme da embarcação, sua missão é exalar otimismo e acreditar no potencial de quem está ao seu lado. Se ele desistir, aí é que tudo entorna. Mas a função da imprensa é esclarecer, fustigar e fomentar o debate.

E neste caso, a missão primordial do Guarani neste instante é brigar pela permanência. Lutar com todas as forças para acumular 45 pontos e respirar aliviado.

E por enquanto, os obstáculos são tremendos. Grana curta. Clube deficitário. Margem estreita para contratações de vulto. Técnico que não transmite confiança para arquibancada.

Neste cenário, o desafio de Palmeron é duplo: convencer o torcedor a acreditar nesta perspectiva e fazer o Guarani transportar a sua promessa em realidade. Se algo ocorrer de errado, não tenha dúvida: o culpado estará eleito. E não estará no gramado e nem no banco de reservas e sim no gabinete. Esta é a realidade.

(Elias Aredes Junior)