Passarelli renova esperança ao sair do Guarani. E que o clube faça uma reflexão sobre a maneira que trata suas revelações!

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A vida abre brechas. Concede oportunidades. Oferece estradas ao sucesso. Basta ter a sensibilidade necessária para detectar o momento. Percebo alguns torcedores de nariz retorcido pelo fato de Passarelli ter sido emprestado ao Botafogo-PB, integrante da Série C do Campeonato Brasileiro.

Penso que os defensores do goleiro deveriam encarar o desafio como um recomeço de carreira e uma possibilidade de que no futuro vista a camisa numero do Alviverde, mesmo que seja por um novo contrato. O empréstimo será até o final do ano, quando será encerrado o seu vinculo no estádio Brinco de Ouro.

Existe  algo tão básico como até tedioso: lugar de Atleta profissional é no gramado. Em atividade. Com serviço á mostra. Do que adianta Passarelli ficar eternamente na reserva bugrina, mesmo que seja no clube do coração? Se ele gerou interesse do clube paraibano é porque existe uma carência na posição e a perspectiva de atuar no Belo (apelido do Botafogo-PB) é muito maior.

Passarelli não atuará em um lugar estranho ou com desconhecidos. Ele estará ao lado de duas pessoas que conhecem como poucos as armadilhas do futebol campineiro. Primeiro é o técnico Evaristo Piza, autor de acesso á divisão de elite do Campeonato Paulista com o Capivariano e que não foi bem sucedido com o Alviverde na Série C de 2014. Fernando Gaúcho como executivo de futebol também saberá tratar o garoto.

Fernando Gaúcho atuou pelo Guarani e nunca escondeu seu carinho pelo clube. Se Passarelli tem alguma mágoa certamente, o dirigente saberá lidar com tal cenário e despertar o arqueiro.

Ok, digamos que Passarelli faça uma carreira retumbante, atue posteriormente em grandes centros e jamais passe perto do Brinco de Ouro. Ou que não evolua e desista de tudo. Nada vai lhe tirar a bagagem e os ensinamentos aprendidos nos tempos de categoria de base no Brinco de Ouro.

Se fosse Passarelli ao invés de guardar mágoa ou ressentimento preferiria encarar como um tempo de renascimento e de esperança. E guardar o essencial: se ele ainda acalenta um sonho no futebol profissional, o Guarani tem participação. Porque lhe formou. Como atleta e homem. Que o arqueiro realize seus sonhos. Ele merece. E que Guarani reflita sobre o modo como trata suas revelações.

(Elias Aredes Junior)