A Ponte Preta enfrentará Avaí e Corinthians na condição de visitante. Precisa somar pontos para solidificar sua posição intermediária no Brasileirão e buscar posições melhores. Sua próxima partida no Majestoso será diante do Bahia no dia 12 de julho, a partir das 19h30. A diretoria executiva tem uma tarefa, que é utilizar este período de 12 dias para encontrar fórmulas que preencham as arquibancadas.
Os números são duros e não há como esconder. A média de 4.452 pagantes por jogo é a pior. A Macaca, que está na décima primeira posição tem um resultado pior do que integrantes da zona do rebaixamento.
Podemos até relevar a média do Bahia (19.104) e do Vitória (9535). São clubes de grande apelo popular no nordeste e tem a sua disposição um estádio de grandes dimensões como a Fonte Nova, com capacidade para 50 mil espectadores. Ok, damos um desconto.
Como a Macaca pode explicar a média ser inferior ao lanterna Atlético-GO (5886) e do Avaí (6847). O ranking completo do Globo Esporte está aqui:
É difícil engolir por alguns fatores. O Dragão goiano está bem atrás de Goiás e Vila Nova, ambos na Série B em termos de preferência de público. Seus 182 mil torcedores tem alcance muito menor que a estimativa de 395 mil pontepretanos residentes na região metropolitana de Campinas. Como explicar?
De certa forma também é um mistério o Avaí encontrar-se na frente. Especialmente se levarmos em conta que segundo pesquisas feitas pelo Ibope, os catarinenses sofrem uma forte concorrência de Grêmio e Internacional.
Pegue todo esse caldo e leve em consideração o fato da Ponte Preta ser a atual vice-campeã paulista, finalista da Sul-Americana em 2013 e vice-campeã da Série B em 2014. Ou seja, disputa sempre para abocanhar o tão sonhado título.
Mil e uma teorias já foram levantadas: segurança e péssimo estado do Moisés Lucarelli. Mas o Serra Dourado e o reformado Estádio Olímpico e a Ressacada não arenas de primeiro nível. Então por que o Majestoso não recebe o mesmo público?
Os torcedores alegam que falta ambição na diretoria. Se isto fosse verdade como explicar o comparecimento de torcedores do Avaí e de uma Chapecoense (9726) que claramente sabem que não tem ambição de título?
No meio desta salada temos um clube rachado e dividido. De um lado, aqueles que amam a diretoria comandada por Sérgio Carnielli, que consideram seu legado intocável e determinado a defende-lo custe o que custar. No outro grupo, estão os torcedores cansados de 20 anos de uma única administração, de apenas um homem dando as cartas e com sede de renovação. E encontra no boicote nos jogos no Majestoso uma maneira de protestar. Tem ainda o grupo formado por torcedores críticos a diretoria e apoiadores de primeira hora e todos juntos presentes na arquibancada.
Fato: falta conversa. Existe ausência de diálogo. Presença constante de dirigentes na imprensa para prestar contas e ouvir o que todos têm a dizer. Parece pouco, mas é o alicerce. Se ninguém der o primeiro passo, o racha será cada vez maior e as arquibancadas tendem a ficarem vazias. Infelizmente.
(análise feita por Elias Aredes Junior)