Não existe nada pior quando expectativas não são correspondidas. Você até quer oferecer algo diferente, mas não consegue. Acredito nesta hipótese ao analisar a equipe da Ponte Preta na atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro.
O que deseja o torcedor da Ponte Preta? Um time corajoso, destemido, que não fique encabulado diante de suas limitações e que esteja conectado com as arquibancadas.
Pegue o desempenho de sábado contra o Botafogo em Ribeirão Preto.
Nos primeiros minutos de jogo, até que a alvinegra buscava agredir o adversário e criar oportunidades.
Aos poucos, de maneira paulatina, a equipe se retraiu no seu campo e no segundo tempo a derrota passou por um triz.
Poderia ter sido pior.
Parecia uma reprise dos piores momentos sob o comando do técnico Felipe Moreira ou mesmo a estratégia de Gilson Kleina, que trancava tudo e esperava o relógio fazer o seu serviço.
Antes de qualquer conclusão precipitada, o técnico Pintado deve ser inocentado por um aspecto: ele não tem todas as opções à disposição. Pablo Dyego e Jeh estão lesionados e Elvis convive com problemas físicos e com dores no joelho. Sem contar que André, considerada a grande contratação da atual temporada ainda está longe de sua melhor forma física.
Não dá para discordar do técnico Pintado quando ele critica a falta de ambição dos atuais jogadores pontepretanos. Não basta ter talento. É preciso querer.
A conclusão, no entanto, é clara: não dá para esperar por grandes arroubos. A campanha será modesta e o desempenho ficará aquém daquilo que deseja o torcedor. A sexta temporada seguida na Série B.
Com três presidentes diferentes: José Armando Abdalla Junior, Sebastião Arcanjo e Marco Antonio Eberlin. Ou seja, a decepção não tem rosto. São vários. Infelizmente.
(Elias Aredes Junior com João Victor Menezes-Agência Botafogo)