Ponte Preta contra Santos, São Paulo, Palmeiras e Corinthians: rivalidades construídas passo a passo

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A Ponte Preta entrará em campo neste sábado disposta a surpreender o Corinthians no Campeonato Brasileiro. Sabe o valor de uma vitória e de um triunfo no Moisés Lucarelli. Não só para ratificar sua posição na primeira posição na tabela como para  confirmar a boa fase iniciada a partir dos empates contra Palmeiras e Atlético Mineiro.

No entanto, ao verificar tal cenário, uma dúvida surgiu. Antes de dissecar o tema, um esclarecimento: o Guarani continuará sendo o histórico rival pontepretano, apesar de sua presença na terceira divisão nacional. Mas é interessante observar como as arquibancadas do Majestoso encaram cada um dos grandes do futebol paulista. Claro, o objetivo é vencer sempre, mas o nível de rivalidade parece em estágio  diferente em relação a São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos.

Com o Santos, o sentimento parece ser de reverência, especialmente porque a Ponte Preta foi protagonista da despedida de Pelé na Vila Belmiro, em 1974. Além disso, o saldo não é de todo ruim. Basta dizer que nos últimos seis jogos realizados pelo Brasileirão são três vitórias da Macaca, um empate e duas vitórias santistas.

Com o Palmeiras existe um sentimento de depressão, no sentido de ficar a impressão de existir o espaço de avanço e a Ponte Preta nunca aproveitar. Basta ver o que aconteceu no Allianz Parque, cujo gramado presenciou um Alviverde com atuação ruim e a Macaca, apesar dos dois gols, não soube aproveitar. Nos últimos cinco encontros por Brasileirões, são duas vitórias para cada lado e um empate. Ou seja, a Ponte Preta já sabe sabe explorar os pontos falhos do oponente.

Com São Paulo e Corintians, o quadro é diferente. Bem diferente. Por que? Simples: a rivalidade é mais intensa. Com o tricolor paulista, a rivalidade foi forjada não no gramado e sim pelos confrontos de torcidas organizadas. Apesar do triunfo na Copa Sul-Americana de 2013, quando bateu o rival no Morumbi e empatou em Mogi Mirim. Rivalidade acirrada pelo saldo nos últimos sete jogos, com quatro vitórias do tricolor, uma igualdade e dois triunfos pontepretanos.

Quanto ao Corinthians, não tenho dúvida em afirmar: o mundo do futebol aceitaria sem pestanejar a condição de grandeza da Ponte Preta se os titulos de 1977 e 1979 estivessem na galeria de troféus do Estádio Moisés Lucarelli. Pela repercussão e grandeza, o Alvinegro de Parque São Jorge é uma espécie de chancela para qualquer equipe entrar na galeria dos gigantes. Vide o próprio Santos. A Era Pelé foi inesquecível, mas ficar anos e anos sem perder do rival na década de 1960 também contou para a aquisição do passaporte definitivo.

Nos últimos sete jogos, são três vitórias corinthianas em Brasileirões, contra dois empates e duas vitórias da Macaca. Ao entrar em campo amanhã e faturar os três pontos, a Ponte Preta não estará apenas firmando-se como protagonista do Brasileirão, mas  colocará mais um tijolo para firmar sua posição como uma quinta força do futebol paulista. Uma quinta força que incomoda. Muito.

(análise feita por Elias Aredes Junior)