Hélio dos Anjos é inteligente e esperto. Sabe e reconhece as limitações de sua equipe. Mesmo nas entrelinhas. Agora, o desafio é mais indigesto: somar ponto diante do Bahia, que por enquanto não sentiu o sabor da derrota na Fonte Nova.
A missão é indigesta por dois motivos. Primeiro que, apesar de suas deficiencias e falhas, o tricolor baiano talvez seja a única equipe da Série B capaz de tomar a iniciativa de jogo e de atuar no contra-ataque e de maneira letal.
Para isso, o técnico Guto Ferreira conta com alguns trunfos. Talvez o principal seja o trabalho de Rildo e Marco Antonio pelos lados do campo e a velocidade de Davó, que, apesar das falhas nas conclusões mostra-se importante para abrir espaço e desafogar em alguns momentos.
O Bahia também demonstra inteligência em aproveitar-se do clima criado pela torcida na Fonte Nova, que constrange o oponente, lhe tira a concentração e abre espaço para a construção das vitória.
Agora, pense em todo este cenário e constate a ausência de Felipe Amaral e Wallison, ambos por cartão. E imagine que Fraga, Marcos Junior, Wesley, ninguém tem a capacidade de marcação destes jogadores. Sem contar o espaçamento entre os setores, quando ocorre a perda da posse de bola.
É, não é fácil a vida de Hélio dos Anjos.
(Elias Aredes Junior- foto de Felipe Oliveira- E.C Bahia)