Ponte Preta e a realidade na Série B: retranca oferece riscos? verdade. Mas jogar de peito aberto oferece risco ainda maior

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Muitos torcedores da Ponte Preta reclamaram da postura da equipe que perdeu nos minutos finais para o CSA por 2 a 1 graças a um pênalti para lá de duvidoso. A chiadeira é que o time ficou recuado demais e abriu espaço ao dissabor. Roteiro exibido no turno inicial quando perdeu no último lance para o Sampaio Côrrea em São Luiz (MA).

Não tenho a intenção de estragar a festa de quem deseja malhar o técnico Gilson Kleina por tal filosofia. Verdade nua e crua: ele está correto em fazer o que fez.

Apesar de somar 13 pontos no returno, o torcedor da Macaca deveria evitar qualquer acesso de soberba e cair na real: o time e o elenco foram pessimamente montados. A maioria dos atletas tem qualidade técnica limitada. E ir a frente de peito aberto ou até adotar uma postura de marcação de zona intermediária faz com que o final infeliz fique próximo.

Ou você confia em deixar Cleylton no mano a mano? Ou você considera que Felipe Albuquerque deve atacar de modo destrambelhado e deixar as costas expostas ao distinto público?

Não podemos esquecer que a filosofia ofensiva já esteve em voga nesta temporada, quando Fábio Moreno era treinador. Este colunista foi flexível em relação ao jogo posicional proposto pelo ex-técnico e atual coordenador. Hoje, temos que ser sinceros em admitir: com esse elenco não dá para ser ousado.

Se quiser vencer a Ponte Preta terá que abraçar a força defensiva capitaneada por Ivan e apostar na velocidade de Moisés. Não pode cair na tentação de trocar de esquema caso algum revés apareça.

É o que dá para fazer com esse elenco de má qualidade formatado pelo departamento de futebol profissional e avalizado pelo presidente Sebastião Arcanjo. Que os 45 pontos cheguem o mais rápido possível.

(Elias Aredes Junior com foto de Augusto Oliveira/CSA)