A Ponte Preta joga amanhã contra o Atlético-GO. Está na dependência de uma vitória e atuação convincente para proporcionar tranquilidade ao técnico Gilson Kleina e sua comissão técnica.
Um empate ou derrota poderá selar sua demissão. É a avaliação de diversos personagens do mundo da bola. Entretanto, está na hora do aparecimento de dois personagens, independente do resultado: o presidente Vanderlei Pereira e o diretor de futebol, Hélio Kazuo.
Esgotou-se os argumentos em relação a terceirização da responsabilidade. Ou seja, a realização de um massacre diário sobre o técnico Kleina e o gerente de futebol Gustavo. Concordo que o trabalho deixa a desejar em vários pontos. Só que isso não pode servir de desculpa para que o torcedor da Ponte Preta seja esclarecido em relação a filosofia de trabalho.
Quando digo que o resultado pouco importa não é a toa. Se o time vencer, seria o momento ideal para os dirigentes reafirmarem confiança no trabalho durante a entrevista coletiva e de quebra mostrar que tudo não muda até o final do ano. Conceder estabilidade e respaldo. Sem medo de reação das arquibancadas. Ano que vem? É outra história.
Se a Macaca empatar, o cenário é impossível para ficar em cima do muro. A torcida vai pedir e exigir (com razão!) que a diretoria ou demita o técnico e já demonstre o perfil de quem deseja contratar e se considerar o trabalho de boa qualidade que não pense duas vezes de exibir solidariedade. E se perder? Pelo histórico recente, a atual diretoria executiva não parece disposta a comprar briga e bancar um profissional que, apesar de suas falhas na condução do trabalho, é o atual vice-campeão paulista e conduziu um acesso para a Macaca após cinco anos de estadia na Série B.
Não está no mesmo nível da outra passagem? Concordo. Decepciona. Muito. Mas Gilson Kleina não é um Zé Ninguém. Tem lastro e história na Ponte Preta.
Uma pena, mas parece que tudo isso não é levado em consideração. Não por causa do Gilson, mas porque tal atitude expõe ausência de filosofia e de norte no comando do futebol. Hoje, a metodologia é de Gustavo Bueno e Gilson Kleina. Não da diretoria executiva, que parece apreciar ficar de refém a cada treinador ou executivo de futebol que desembarca no Majestoso.
Pode mudar? Sim! Como? O passo inicial é dialogar, falar e expor sua visão ao torcedor. Também trocar ideias e possuir uma ideia de futebol, independente de quem é seu empregado, também auxiliaria. Utilizar o jogo contra o Atlético-PR para aplicar tais conceitos já seria um passo gigantesco. Aguardemos.
(análise feita por Elias Aredes Junior)