A Ponte Preta terminou o primeiro turno com 22 pontos. Zona intermediária da classificação. Uma posição que deixou o torcedor insatisfeito e de certa forma revoltado. De 0 a 10 qual a nota? Sem medo de errar, eu dou nota 5,0. Poderia ser uma avaliação pior? Sim, mas como terminou as primeiras 19 rodadas fora da zona do rebaixamento é evidente que não dá para reprovar de modo cabal. Que fique claro: só não passou mais sufoco porque o campeonato é de péssima qualidade. Em anos anteriores, certamente ficaria no Z4. Só não está reprovado por esse motivo.
Entendo e compreendo quem fornece uma avaliação baixa. Primeiro pelo futebol apresentado. Não existe demérito nenhum em atuar de modo retrancado. Se você considera a equipe débil na parte defensiva, é evidente que cuidados devem ser adotados. A questão não é essa e sim o que a Ponte Preta fazia com a bola nos pés. Um estilo pobre, sem imaginação e variação. Exceção: o primeiro tempo contra o Sport no Majestoso. Se aquela apresentação fosse repetida em outras oportunidades certamente a avaliação seria melhor. Realidade é outra. Bem pior.
Jogadores são culpados? Não produzem o que dele se esperam? Concordo. Só que qualquer treinador tem o dever de extrair ao máximo de qualquer atleta. Fazer um jogador nota 05 virar alguém com desempenho nota 06 ou 06,5. Não se verificou isso na Ponte Preta. Pelo contrário.
Tomar 15 gols em 19 rodadas é um belo prenúncio de que o segundo turno pode ser melhor. Só fazer 10 gols em 1710 minutos é um acinte. Atestado de incompetências. Dos jogadores do setor ofensivo e da Comissão Técnica envolvida no processo. Precisa ser melhor.
Se Pintado, o novo treinador, conseguir uma produtividade ofensiva apurada, certamente a equipe vai somar mais pontos e o final do ano será mais feliz. Então, mãos à obra.
(Elias Aredes Junior com foto de Diego Almeida)