Ao empatar sem gols contra o ABC e cravar o terceiro jogo sem vitória em casa na Série C do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta treinada por Alberto Valentim deixou implícitas suas qualidades e defeitos. A virtude de mostrar uma defesa forte e que demonstrar que as derrotas para Brusque e Ypiranga foram acidentes de percursos (Ou não. Depende da opinião do freguês). Por outro lado, o ataque é dependente da genialidade de Elvis e do faro de artilheiro de Jeh.
No último sábado, todas as principais oportunidades saíram dos pés do camisa 9. Com Elvis marcado, não existia muita alternativa. Os torcedores afoitos pedem mudança de esquema tático. Será que essa é a saída? Senão vejamos: foi com esse método que a equipe fez 22 pontos e fora de casa tem sido letal e competitiva. Abrir o esquema não é garantia de sucesso devido ao perfil do elenco, com alta média de idade, com 18 jogadores acima de 30 anos. Atuar de maneira propositivo pode gerar desgaste ofensivo além do que ocorre. E como consequência, pode faltar fôlego. Vale a pena?
Tem saída? É buscar uma maneira de retornar às origens, ou seja, o esquema hibrido com três zagueiros, sendo que um defensor tenha capacidade de sair para o jogo e até compor o meio-campo. O único exemplar era Danilo Barcelos? Então precisa ir ao mercado buscar alguém com características semelhantes. E trancar o time ainda mais enquanto não aparece o atleta.
E convenhamos: não lembro de nenhum técnico que tenha trabalhado sob a direção de Marco Antonio Eberlin que tenha atuado de maneira propositiva. Nelsinho Baptista em 2001? Talvez, talvez…
Queiramos ou não, esse é o único caminho da Macaca buscar o acesso. É limitante? Concordo. Mas é o que tem para hoje.
Elias Aredes Junior com foto de Marcos Ribolli-Pontepress-atualizado às 18h30