A Ponte Preta inicia sua preparação para o confronto de sábado diante do Capivariano e sabe que tem um desafio pela frente, a de encontrar uma dupla de zaga confiável, estável e capaz de ir atrás dos atacantes adversários. A dura constatação é que o lamento destilado pela torcida após a saída de Renato Chaves ficou embasado na realidade, apesar do esforço dos atuais titulares, Douglas Grolli e Fábio Ferreira.
Douglas Grolli, Fábio Ferreira, Wellington, Tiago Alves e Ferron não encontraram o tom adequado. Algo que preocupa especialmente porque o Brasileirão bate á porta. Não, não serei louco de reinvidicar uma loucura financeira para viabilizar a aquisição de beques. Apesar de que esta seria uma função das categorias de base.
Opa! Perceba: como a Ponte Preta não consegue revelar um beque capaz de sustentar uma produtividade condizente com as exigências do futebol atual? Como a diretoria pode achar normal estarmos em pleno 2016, e a Macaca, bicampeã da Copa São Paulo de futebol Junior e não conseguir revelar um novo Oscar, um novo Juninho.
Em determinado ocasião, ao conversar com jornalistas, o ex-goleiro são paulino Rogério Ceni disse que qualquer clube tinha a função de revelar zagueiros e volantes. A justificativa é o fato dos jogadores podem aprender macetes da posição e sem necessidade de contarem com um talento nato. Claro, se existir tudo bem. Mas não é natural.
Então pense: se a revelação das categorias de base é tarefa obrigatória, como a Macaca conta com cinco “estrangeiros”? Talvez uma das explicações é que nos últimos anos, a diretoria de futebol da Alvinegra ficou receosa em revelar atletas de diversas posições. Não é de duvidar que alguns zagueiros tenham sido perdidos no caminho. Para inverter o quadro o processo é de longo prazo. Se começar agora uma inflexão só em quatro ou cinco anos é que a Alvinegra deverá contar com beques formados em suas fileiras. É preciso dar o primeiro passo. Que a diretoria pontepretana acorde e faça o óbvio.
(análise feita por Elias Aredes Junior)