Concordo que o jogador de futebol deve ter sua vida pessoal preservada. A única exceção é quando isso interfere no rendimento no gramado. Nos últimos anos, por falha da diretoria da Ponte Preta e da própria imprensa campineira perdemos a chance de presenciar jogadores em alto rendimento técnico porque não soubemos esperar.
Quando chegou no Majestoso, o atacante Clayson teve uma série de atuações ruins. Foi massacrado pela imprensa e torcida. Subitamente, após a chegada de Gilson Kleina, seu futebol subiu de produção.
Eis que em uma conversa informal, um dirigente pontepretano me confidenciou que o motivo do baixo rendimento era de que um grave problema pessoal surgiu na vida do atleta. Pergunta: será que se o aviso fosse dado antes a abordagem na imprensa e na torcida não seria diferente?
De um jeito ou de outro o mesmo caso aconteceu com Léo Artur . Perdeu seu filho de maneira trágica. Não rendia em campo. Vivia um drama pessoal e era criticado de modo impiedoso. Hoje, após um período de luto, conseguiu melhorar o seu rendimento e está no Fluminense.
Não seria o caso de refletirmos e pensarmos em encarar um jogador de futebol como alguém que precisa dar resposta no gramado, mas que pode sofrer as agruras de qualquer ser humano? Fica a reflexão.
(Elias Aredes Junior)